E porque o Pony é quem mais ordena, cá vai...
Eu não passo vergonhas, tenho uma faculdade inata de me embaraçar publicamente com frequência e acho que a melhor maneira de lidar com isso é partilhá-lo, não me deixar cobrir pelo véu negro do embaraço e dizer orgulhosa "Sim! Eu fiz isto!"
Ao menos sempre faço os outros rir.
1 - Falar com desconhecidos.
Acontece muito. Sou boa a decorar caras mas normalmente não as associo ao nome e depois confundo as coisas, enfim...
O facto é que conheci uma rapaz chamado M., de Coimbra, que me disseram ser dado a depressões e momentos de amnésia.
E passados uns meses revi-o em Lisboa, quando voltava do trabalho, no metro da Bicha-, perdão, Baixa-Chiado. E vocês que já lá andaram sabem como aquelas escadas até ao Chiado são looongas.
Então a vossa Babita encontra o dito M., cumprimenta-o efusivamente e ele responde num tímido "Então, tudo bem?" A Babita não se deixa demover pela adversidade, nunca!
E então começo a desbobinar todas as cenas escabrosas que estavam a acontecer na minha vida na altura e blá, blá, blá. À terceira vez que o jovem diz "A sério, eu não sou quem tu pensas", eu respondo zangada "Meu, é assim, essas tangas da falta de memória e o caralho comigo não pegam, tá? Baza mas é ali ter com a minha sister e o T. ao Heróis e tomamos um café."
E há que dizê-lo, o rapaz manteve-se fiel ao ditado que "aos malucos diz-se sempre que sim".
Chegando ao Heróis, estava a minha sis e o amigo T. à porta e eu digo "Pessoal, olha quem encontrei na rua, é o M.!"
"Er... ele não é o M."
"What do you mean? Claro que é! Não és?..."
E pronto, o rapaz fez o dever dele, garantiu que eu era entregue inteira à família e foi-se embora. Então lembrei-me, tinha falado com ele há uma noites atrás à entrada do WC numa discoteca...
2 - Pisar cocó.
Sempre. A toda a hora, a todo o momento. Basta sair à rua, comprar sapatos novos, tenho de pisar um cocó.
O pior é quando eu piso um cocó e não reparo (acontece, quando são mais molinhos).
Vou à H&M e decido experimentar umas roupinhas. Vejo uns calções giros, curtos, "vou experimentar sem tirar as sapatilhas, nem vale a pena, tiro a saia, visto os calções". É óbvio que as sapatilhas deixaram um rasto gigante de m**** por dentro dos calções ao entrar e nem cheguei a experimentá-los. E como é lógico comprei-os, não ia deixar ali a prova do meu crime para outro limpar.
O pior foi a ansiedade na caixa enquanto a funcionária os registava...
3 - What's my name, biatch?
Às vezes acho que sofro de uma problema qualquer neurológico, fora de brincadeiras, esqueço-me muito das palavras e isso é mais chocante e notório no que toca a nomes.
Sabem quando vemos um conhecido na rua e mesmo que nos lembremos dos momentos que vivemos com essa pessoa e das coisas que sabemos dela, só falta o nome? Imaginem isso acontecer constantemente. É a minha vida.
Quando vim morar para o Porto, recebi uma chamada de 3 amigos de Lx, o P., o M. e a T.
Enquanto que os dois primeiros falaram e disseram logo "Aqui é o não-sei-quantos!", a T. fez a única coisa que não me podem fazer: "Sabes quem fala?"
Sei! Sei como é a tua cara, o teu cabelo, os teus olhos, onde moras, a tua idade, o teu emprego, as conversas todas que tivemos e porque sempre gostei de ti mesmo antes de falar contigo mas não me lembro do teu nome! Isto é péssimo.
Foi péssimo porque ela percebeu, e é péssimo porque é possível que leia este post e aí terá a confirmação que eu sou imprestável. Mas não sou. Sou só doida :)
DESCUUUUULPA!!!!!
4 - O Emanuel
Esta é uma que faz a minha família delirar de riso. E a minha mãe morrer de vergonha.
Vivia eu em Massamá City, algures na linha de Sintra, e fui com os colegas da secundária ver o "Emanuel ao Vivo!" nas comemorações do aniversário do famoso Shopping de Massamá.
Estávamos a delirar com a pimbalheira, tanto assim que o artista reparou no nosso entusiasmo e pegou em mim e em mais uma rapariga e içou-nos - literalmente - para o palco, apresentando-nos como as suas novas bailarinas.
No andar de cima a minha mãe passeava com os meus tios betos vindos do Porto quando ouve:
"E tu como é que te chamas?"
"B-Barbie*, ihhih..."
E pronto, dançámos com o Emanuel e toda a gente viu. Whatever.
5 - Falar nos silêncios durante os concertos.
Que posso eu dizer? Uma vez fui "obrigada" a ir a um concerto de Death in June (go Google it) em Sintra e, desconhecendo a maioria das músicas, lá se ouvia de vez enquando uma vozita a dizer "... gótica gorda...", "... bixa comunista...", "... a saia daquela..." e outras do género. Nem sei como não levei na boca. Bah, são todos uns posers!
Finito!
* not my real name
15 de set. de 2008
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3 comentários:
A do rapaz do metro... LOLAO! O cocó nos calções... Bem, obras primas. Devia haver o óscar da vergonha :D
És a melhor :) haha
Imprestável, mas única.
A "Telma" perdoa-te a falta de memória e a troca de nomes compreensível ;)
Bjs **
The shame, the shame...
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