27 de dez. de 2007

OMG!


Porque é que tudo o que é asiático tem de ser tão giro? Recebemos hoje este postal de Macau e é o postal de natal mais fofo que já vi ;_;
Miau!

26 de dez. de 2007

The progression of solitude...

Espero que este post seja catártico.
No dia 4 de Outubro deste ano mudei-me de Massamá, ghetto in the making na linha de Sintra, para o Porto, oásis civilizacional do país. Assim pensava eu. Não sei, talvez seja.
Depois de ter saído da faculdade, onde tirei uma licenciatura para o desemprego, fui party girl durante alguns meses até arranjar o meu 1º emprego, secretária freak de uma escola de cinema. Not bad, pensei eu. Pouco depois o meu pai morreu e a minha irmã e eu tivémos de passar a sustentar a 100% as nossas jovens existências. A minha cabeça deu um bocado o tilt nessa altura e deixei o emprego; já estava um bocado cansada de ir todos os dias de Massamá para Belém de transportes e além disso o meu chefe escravizava-me um bocadinho.

Nessa altura percebi que nunca mais ia ter o backup financeiro e emocional necessário para poder fazer escolhas do tipo "vou tirar outro curso mais profissionalizante" ou "vou fazer uma viagenzinha nem que seja a Londres". Nunca tinha feito essas coisas e percebi que, a não ser que enriquecesse subitamente, nunca mais as iria poder fazer. Talvez eu seja mesmo neurótica, mas assumi para mim o papel de formiguinha laboriosa que trabalha sem cansar. Fui para um call-centre onde era muito bem tratada e até valorizada, onde me dava muito bem com os colegas, era de facto divertido estar lá.
Veio uma vaga de despedimentos, e antes que fosse a minha vez, fugi para outro call-centre. Conheci lá algumas pessas que sem dúvida habitam o meu coração e que nunca de lá vão sair (*** para a Suzana com z). Às vezes acho que as pessoas não imaginam o quanto gosto delas. E eu também não lhes vou dizer, não quero parecer pegajosa ou doida dos cornos.

Após um choque de personalidades com a chefia, desempreguei-me e decidi abrir um negócio. Mas os 4000 e tal euros do subsídio de desemprego não chegavam sequer para formalizar uma empresa e fui investigando todas as outras possibilidades, crédito, micro-crédito, etc. Não aconteceu. E eu aceitei que ia ter de voltar ao mesmo de sempre.

No 3º call-centre onde trabalhei encontrei o melhor ambiente de trabalho, no que toca à relação entre colegas, que já presenciei. Fiz um upgrade para a área administrativa e achei que estava no céu. Não atendia telefones, fazia as minhas tarefas pela ordem que eu mesma estipulava e podia ouvir música enquanto trabalhava. Além disso falava muito com os chefes e com os colegas, era saudável. Tendo em conta que o que ganhava nem chegava aos 600€ e eu estava feliz, as minhas expectativas não são muito altas, pois não?
Se eu levar em consideração que a maior parte dos meus conhecidos da minha idade ganha melhor, trabalha menos e faz sempre umas férias glamourosas, o meu trabalhito atrás de uma secretária era bem modesto. E era tudo o que eu queria.

Foi mais ou menos há um ano que, no dia em que entrei de férias para vir ao Porto a um concerto, o meu namorado me liga a dizer que vou ser despedida quando voltar. Contenção orçamental. Em Fevereiro já havia um anúncio publicado para preencheram a minha vaga. A altura de apresentar as contas à administração já tinha passado. E eu voltara ao atendimento.

Na minha querida linha de suporte ao Kanguru - porque não dizê-lo? - conheci alguns dos chefes e colegas mais fixes que já tive. Havia muita interacção e isso é muito importante para mim. Faz-nos sentir aceites e respeitados tal como somos.

Mas claro, por esta altura a querida tele_barbie já tinha acumulado perto de 4 anos a dizer "Bom dia, fala B****** F********, em que posso ser útil?" e estava a entrar em parafuso. Eu já não queria ser útil a ninguém, eu não sou a porra de um objecto utilitário. Eu estava farta de dizer "compreendo", "concerteza" e todas essas merdas quando estamos a tentar ser corteses com pessoas que não nos são nada. E despedi-me. A minha casa estava finalmente vendida - adeus amarras geográficas - e eu vim morar para o Porto, para uma casa alugada bem no centro, perto de tudo.

Estando no Porto e atendendo ao facto que aqui só há emprego para vendedores, fui novamente (!!) parar a um call-centre. Desta vez escolhi fazer um part-time, na tentativa de não fritar tão depressa. Tenho um horário fixe, das 9h às 14h e pagam cerca de 500€, o que é bom para um part-time. E cobre as minhas parcas despesas. Sim, porque eu entretanto já só conheço o modo de vida espartano e acho que já nem sei o que faria se após pagar renda, contas e comida ainda me sobrasse dinheiro. Não sei mesmo.

No entanto, há algo que não está bem. O meu namorado, aquela pessoa que me tem acompanhado desde o início e que eu amo mais que tudo, chega a casa do trabalho às 23h30. Eu espero mais de 8 horas para ter companhia. Porque a verdade é que deixei os meus amigos - e aqueles que não eram bem bem amigos mas com quem falava diariamente e de quem sinto falta - lá longe, em Lisboa. Não tenho amigos aqui. Não falo com ninguém do trabalho. Acho que tem a ver com o facto de, no Porto, as pessoas reservarem a simpatia para o comércio. Não me deparo com nenhuma alma minimamente extrovertida, não tenho ninguém com quem falar. É patético, eu sei, mas dá-me cabo da cabeça. E do coração. Quando finalmente o meu namorado chega a casa, à noite, falo com ele um bocadinho e vou-me deitar. E como estou cheia de sono e os meus dias são todos iguais, não há grande coisa para conversar.

Será que devo sair à noite para conhecer pessoas? Não devo descobrir tão cedo. Trabalho às 9h sábados e domingos e também no Natal e também na passagem de ano. E o meu físico já não tem 20 anos...

Enfim... espero ler este post daqui a uns meses e sentir um grande distanciamento dele. Mas por agora... digamos que voltei ao estado em que nos breaks vou para a casa de banho para poder estar triste à vontade.

14 de dez. de 2007

Deflocked!

13 de dez. de 2007

Hello, Porto?


Dizia o meu namorado, no outro dia, que nunca em Lisboa vira tanta gente a usar peles (de animais, não pregas de pele) como aqui no Porto. Comecei a estar atenta e infelizmente é verdade. Vim agora da R. de Sta. catarina, onde anda o povo todo às compras, e cruzei-me com algo que não costumo ver, uma senhora (ou não) com um bicho ao pescoço (patas e cabeça incluídas).
Sim, o Porto é uma cidade fria, mas não é a Rússia*, não se justifica a quantidade de madames com casacos de vison que polula por aí (*disclaimer: eu também não acho que viver na Rússia seja justificativo).

Adiante. A ANIMAL agendou uma acção de protesto nessa mesma rua para este sábado (infelizmente estou a trabalhar...) relativamente a este assunto e aqui é, de facto, pertinente fazê-lo.
O ponto positivo é que só mesmo a terceira idade parece aderir a estes fashion statements. Quer dizer, a juventude gosta de usar aquelas golas e luvas peludas made in China, mas acho que desconhecem mesmo que, na sua maioria, aquele pelinho fofinho é mesmo de bicho, normalmente de cão ou de gato. Se não acreditam em mim, go google it.

Também é um facto que a maior parte das produções de chinchilas e afins para este triste fim é situada exactamente nas zonas centro e norte do país. Faz sentido, é onde está o dinheiro e a ânsia de o exibir. Em Cascais compram-se mamas, no norte compram-se estolas.

Não quero pensar que a minha cidade tem um coração frio, mas às vezes parece mesmo... :(

6 de dez. de 2007

Será a União Zoófila o demónio?

Antes de mais, agradeço à minha amiga Carina, sempre atenta, por me ter passado a notícia que transcrevo abaixo.
Houve acusações, por parte de pessoas ligadas à UZ, sobre esta maltratar os animais que acolhe e sobre desperdicar recursos (comida, etc) que lhes são doados.

Pessoalmente, acho que só quem nunca visitou o albergue da UZ é que não acredita nisto. Fui lá duas vezes. Na 1ª fui saber se o meu gato fugido de casa não teria sido lá entregue. De facto não estava lá, mas ainda bem. O que vi foi uma data de bichos amontoados em barracos de cimento e não queria que o meu gatinho tivesse passado por aquilo. Deixá-lo antes ser feliz atrás das gatas! Acreditei que aquelas pobres pessoas faziam o melhor que podiam, nas piores condições possíveis.

Entretanto uma amiga contou-me que, tendo ido lá deixar 20kgs de ração do Lidl, foi acolhida com bocas, do género, que a ração não prestava, que mais valia ter trazido de marca, etc. Ela ainda argumentou que com o dinheiro que gastava para comprar 2 ou 3 kgs de uma ração de marca dava para comprar 20 kgs da do Lidl, mas não adiantou. Isso além de denotar uma péssima gestão financeira e de recursos, mostra que, para a pessoa que falou com a minha amiga, mais valia 3 cães a comer Eukanuba do que 6 a comer Orlando.
FYI, há uns anos atrás, a Proteste analisou as várias marcas de ração à venda no supermercado e concluiu que a Orlando (ração para cães do Lidl) era a melhor. A seguir ficava a Pedigree Pal.

Adiante. Um familiar ligado a um albergue para animais estatal *onde só abatem animais com doenças terminais ou que já estão a morrer (tipo, coluna partida)* revelou-me que chegou a ver na UZ medicamentos doados pelas farmacêuticas, literalmente, a apodrecer.
FYI, as farmacêuticas e outras entidades por vezes doam medicamentos expirados há pouco tempo aos canis, pois estes ainda estão eficazes mas já não podem ser comercializados.

Entretanto, o que se dizia por aí era que a UZ tinha uma nova direcção e que as coisas iam ser melhores.
Na minha teoria, vivendo a UZ do trabalho de voluntários, dificilmente as coisas melhorariam. Os voluntários, ou as pessoas que trabalham mediante remunerações simbólicas, não são muito boas a acatar ordens e normalmente acham que, porque trabalham de borla, ninguém lhes diz com fazer o seu trabalho.

2ª ida à UZ. Quase um ano sem o meu gato ter voltado, decido ir ao albergue para ver se levo um gato para casa. "Posso ver este?" " - Esse não está para adopção!" "Então e este?" " - Também não." "E este aqui? " - Não." "...Está algum gato para adopção?" " - Não."
Confesso que só me deu vontade de partir aquela m**** toda e levar os animais todos comigo. Mas era impraticável.
À saída, estavam alguns cães à solta, que cumprimentei. Um deles tinha peladas enormes e pele a cair, parecia uma pessoa com lepra. Perguntei a uma voluntária qual era a doença dele e ela respondeu que não sabia. Hello?! Como é que alguém pode estar num sítio onde um cão tem a pele a cair e está ao pé dos outros cães sem ter a preocupação de tentar saber se o bicho está doente, se é medicado, se é contagioso, etc?
Eu acho de facto que muitas das pessoas que lá andam/andaram são o tipo de pessoas que acredita mesmo que ter 30 gatos num apartamento é ser amigo dos animais. São pessoas que idealizam que tecto, cama e ração são tudo - e apenas - aquilo que um animal precisa para viver. Se calhar é tudo o que precisa para sobreviver, mas só mesmo isso. Uma prisão nunca trouxe a felicidade a ninguém, muito menos uma prisão sobrepovoada.

Abaixo transcrevo a notícia. Segundo um e-mail divulgado pela ANIMAL - backing you up 100% - "Em face das denúncias detalhadas e fotografias apresentadas hoje publicamente contra a União Zoófila, e da gravidade destes novos elementos: ANIMAL vai pedir à Procuradoria Geral da República, à PJ e à DGV que investiguem as graves acusações contra a UZ".

Canil é "campo de concentração"

Nacional | 2007-11-27 10:57
No canil da União Zoófila há animais que sofrem maus-tratos. Entre denúncias de bichos pontapeados e sovados, um cão foi morto com um ferro e outro terá sido esquartejado. Há quem fale em "campo de concentração". A associação garante que os bichos são bem tratados.
A Lusa viu fotografias de um rafeiro esfaqueado e um relatório de autópsia que revela actos de agressão a uma Pitt Bull. Falou com voluntários e sócios que relataram casos de maus-tratos e negligência.

Alguns pediram anonimato por temerem represálias. Muitos foram expulsos. Todos falam em "caça às bruxas": "Quem questiona ou fala tem um processo disciplinar. Por isso é que estas histórias não saem da zoófila". É o lado negro de uma associação criada há mais de 50 anos para defender os animais.

Em Julho de 2006 deu entrada no serviço de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina Veterinária o cadáver de uma Pitt Bull da União Zoófila (UZ). A necrópsia realizada à "Arlequim" revelou que tinha morrido por lhe terem "perfurado o recto" com um "objecto contundente". A cadela foi vítima de "traumatismo violento, atingindo em especial a região lombar, que terá levado a hemorragia interna".

Já este Verão, a 30 de Junho, um rafeiro foi encontrado esquartejado na box. O "Mico" morreria horas depois. Fernanda Moleiro, uma psiquiatra que ocupa parte das instalações da UZ com os animais que recolhe da rua, ficou "chocada com o cenário".

"Quando cheguei, o Mico ainda estava vivo. Saí do canil com ele nos braços, mas chegou sem vida à veterinária", recorda Fernanda, exibindo as fotos que "provam maus-tratos humanos".

A psiquiatra confrontou a direcção, mas não teve resposta. Questionada pela Lusa, a presidente da UZ, Luísa Barroso, disse desconhecer a situação.

Quanto à história da Arlequim, Luísa Barroso afirmou que o caso está a ser investigado pela PJ.

Preocupado com outros casos de violência, um grupo de sócios exigiu uma Assembleia-Geral. Em Outubro, uma sala do Hotel Berna foi palco de uma acesa troca de acusações que se prolongou noite dentro, visando sobretudo um veterinário da associação.

Na reunião, um ex-elemento da direcção acusou o veterinário de ter recusado ver de imediato um animal atropelado. "Esteve quatro horas sem que lhe fosse ministrado um medicamento que lhe aliviasse as dores. Morreu cinco dias depois", afirmou a sócia, que já tinha denunciado a situação por escrito em Março.

Outra denúncia relatava a agressividade com que o veterinário teria dado "um pontapé na cabeça" a um cão.

Presente na reunião, o veterinário negou as acusações, tendo recebido o apoio da presidente da associação até 2006, Margarida Namora, assim como da actual presidente, que garantiu que um inquérito interno concluiu serem falsas as participações. Para Luísa Barroso, por detrás das denúncias estão "assuntos pessoais".

A troca de acusações na instituição é tal que o próprio veterinário acusou uma voluntária de não dar água aos cachorros, provocando situações de "desidratação e internamento".

Margarida Namora explicou à Lusa que essas situações não foram propositadas, mas causadas por falta de gente.

"Como não há voluntários disponíveis, os recém-nascidos são abatidos, porque não há quem os amamente de duas em duas horas", revelou à Lusa uma sócia e voluntária que pediu o anonimato.

Sem pessoal para passear todos os animais, alguns ficam confinados e "só conhecem as boxes e corredores" da UZ. "Já tentei trazer cães à rua, mas eles tinham medo porque nunca na vida tinham saído do canil", contou a mesma voluntária.

Para Miguel Moutinho, presidente da associação Animal, a UZ "é um campo de concentração": "A concepção do canil é inspirada nos anos 50, com os animais encarcerados e sem condições, levando-os à loucura".

Questionado pela Lusa sobre as instalações, o Director-Geral de Veterinária, Carlos Agrela Pinheiro, disse que a única inspecção ao canil foi em 1997, tendo-se "detectado diversas inconformidades".

Segundo Agrela Pinheiro, o espaço só não foi encerrado porque ficou decidido construir um novo canil num terreno a ceder pela autarquia.

Passados dez anos, o canil funciona exactamente no mesmo espaço e não voltou a ser inspeccionado.

Na Zoófila, há cães a viver num barracão sem luz solar directa, permanecendo prostrados nas exíguas boxes.

A actual presidente reconhece que o ideal seria mais espaço e menos animais, mas lembra que as alternativas são o canil municipal ou a rua.

Para a ex-voluntária Maria João Coelho, mais grave do que a falta de espaço é o alegado responsável pela violação e esfaqueamento continuar na associação sem ser repreendido. As voluntárias acusam um antigo funcionário responsável pela manutenção do espaço.

A versão é reforçada por uma voluntária do gatil da União Zoófila: "Ele mata-os de todas as maneiras, mas não basta vermos. É preciso ter uma máquina fotográfica para provar o que se vê, senão somos expulsas".

Luísa Barroso diz tratar-se de "delírio" de um grupo de pessoas que quer descredibilizar a associação: "Como é amigo da direcção elas não gostam dele".

Todos concordam que as guerras são antigas. Miguel Moutinho diz apenas que "em Portugal, as associações que acolhem animais não são a solução, mas sim o problema".

Lusa / AO online

11 de nov. de 2007

Bollywood nos cinemas portugueses



Embora pouco divulgado nos meios habituais (jornais, revistas, etc) o cinema mainstream indiano tem vindo a ser exibido em cinemas portugueses (i.e. lisboetas :( ) já há algum tempo. E não falo apenas do Cinestúdio 222!
Têm passado filmes pelo Colombo, Miraflores, Vasco da Gama e agora Alvaláxia. Confesso que os filmes que têm estreado - obrigada obrigada obrigada Dike Barnel, a quem cabe a distribuição - não têm sido dos mais interessantes, do meu ponto de vista. Filmes de acção e comédias não são os meus preferidos.
Mas esta semana vão estrear dois que valem a pena, um deles dá-me vontade de ir até Lisboa só para o ver na grande tela.
Um deles é Jab We Met com Kareena Kapoor, uma actriz de quem gosto muito e o filme parece ser promissor.
O outro é Saawariya, realizado pelo über-mestre do cinema Bolly, o glorioso Sanjay Leela Bhansali. Mental note para toda a gente: ele não faz filmes maus! Só faz obras primas ;_; Realizou Hum Dil De Chuke Sanam, ***** estrelas, Black, muito bom mesmo, e aquele que para mim é o filme perfeito, Devdas. Posto isto, recomendo a toda a gente uma visita ao Alvaláxia, principalmente a quem desconhece o cinema indiano actual.
Por fim, resta-me dizer que, caso estreie em Portugal o Aaja Nachle com a mega-dancing goddesss Madhuri Dixit, eu morro de felicidade descontrolada.

24 de out. de 2007

Onde está a caridade?

Dia 27 deste mês, a Abraço, conhecida associação ligada à luta contra a sida, vai promover uma tourada em Évora.
O pensamento que a maior parte de nós terá será a de que a Abraço tem dois pesos e duas medidas; promove o bem estar e a solidariedade para com as pessoas infectadas com um vírus mas está-se perfeitamente cagando para o bem estar dos outros animais. Pior, não só se está cagando como participa activamente na promoção do sofrimento destes últimos.
É por estas e por outras que a Abraço, da minha parte, nunca levou nada. Nem uma frase de louvor pelo trabalho que faz (ou não) nem eventualmente qualquer tipo de donativo.
Mas não é só a Abraço. Se pensarmos no assunto, veremos que várias são as "obras de caridade" e afins que mais não fazem do que conseguir dinheiro à custa da miséria alheia.
É frequente associações que actuam em prol de doenças como a trissomia 21 ou outras beneficiarem de parte das vendas dos ingressos das touradas. Se por um lado, fica servido o propósito dos "taurinos" em passarem por boas pessoas, por outro isso permite-nos ficar a conhecer a verdadeira natureza das pessoas que conduzem algumas destas associações.
Mas vai daí que as touradas não são o único problema. Regularmente há peditórios pela "luta" (o que quer que isso signifique) contra o cancro, contra as doenças do coração, etc.
Se por "luta" se pretende dizer investimento na educação das pessoas e promoção da qualidade de vida dos doentes, sou a primeira a apoiar uma causa nobre.
Mas normalmente, "lutar" contra o que quer que seja significa dar apoio à investigação laboratorial, o que na prática quer dizer que do outro lado da trincheira há roedores, primatas, aves e peixes (apenas para referir os mais comuns) que são infectados, mutilados, dissecados, abertos (enquanto ainda estão vivos), electrocutados, cegados, engravidados, abortados, enfim, torturados em nome da ciência. Ciência essa que, agindo contra todas as leis naturais, prolonga a vida do que já devia estar morto, faz nascer bebés em quem já não vai ter idade para os ver ir para a faculdade e mais uma data de desvios à ordem natural que apenas prejudicam o planeta e, num plano mais pequeno, a vida de cada um de nós.
A ciência, infelizmente, não é amiga da ética. E sorte a minha em não ter espírito religioso ou crente pois acredito que nesse caso os constantes atentados a toda a criação divina me atormentariam ainda mais.
Não me entendam mal, sou misantropa, é certo, mas acho que, à partida, todos têm direito à vida. Mas é só à partida. Porque aqueles que constroem a sua vida à custa de vampirizar a vida dos outros, fosse eu a grande demiurga, tinham um triste destino.

Manifestação Contra a Experimentação Animal - AMANHÃ

19 de out. de 2007

18 de out. de 2007

O Porto é uma América...


Na expectativa que alguns dos amigos que ficaram em Lx e arredores queiram saber notícias nossas, dos que partiram para Norte, cá vai: isto de empregos está igual a Lisboa, i.e. call-centres e mais call-centres, tirando que aqui é muito na base do telemarketing e dos recibos verdes. Ceeerto...
Também não estava à espera de muito mais. Na verdade, a não ser que tenhamos a força necessária para criarmos o nosso próprio negócio ou que tenhamos estudado algo verdadeiramente útil, acho que anda tudo ao mesmo. Em todo o lado.
Continuando.
Tal como previsto, a vida cá tem-se revelado muito agradável. Tenho saudades dos amigos mas não tenho saudades de andar de comboio, não tenho saudades das mentalidades tacanhas daqueles que diariamente se dirigem dos arrabaldes para Lx para trabalhar e que ficam a olhar especados para os piercings do meu namorado e que cospem para o chão e que não estimam aquela bonita cidade que, na verdade, não lhes pertence (e é por isso mesmo que não a estimam). Enfim, Lisboa foi largada aos leões e acho que já não há volta a dar-lhe.
Estando a viver no centro do Porto tenho acesso a algum cosmopolitismo e... bem, na verdade tenho acesso a quase tudo. Tenho perto de casa um supermercado brasileiro, um chinês e dois do sudeste asiático (não sei dizer se da Índia ou Paquistão). Não é nenhuma Mouraria mas dá para o desenrasque.
Tenho também aqui no bairro alguma diversão nocturna, que é como quem diz uma disco gay com show travesti e duas casas de alterne de grande nível. Perdão, night clubs. Sendo que um deles é o famoso Calor da Noite, o que traz uma aura de delírio à minha existência :D
De resto, fico muito feliz por estar tão próxima daquelas lojinhas todas especiais que visitava nas férias, seja na Rua do Almada ou em Cedofeita ou na Baixa em geral. Altamente aconselhável para quem quer comprar roupa vintage, ténis baratos, discos baratos e cenas de super 8. Ou o que quer que seja em segunda mão (incluindo o meu frigorífico, 75€ na Remar e a funcionar). Tudo sem aquela usura nos preços a que estão habituados os fashions bairro-alternos. Lá está. Uma zona típica alfacinha que faz de viveiro a pseudos desinteressantes para os quais não há paciência nenhuma.
Algo que me perturba na minha zona é que em todas as ruas há malta de meia idade a fumar charros às portas dos cafés enquanto que uma parte significativa do pessoal da minha idade é agarrada! :O
Enfim...

Espero continuar a gostar e olha, se não der certo... parte-se para outra.

Beijos aos amigos e às amigas, tenho saudades de estar convosco (MSN não está com nada!)

tele_barbie

12 de out. de 2007

Zapp meets Lata


Bizarro mesmo foi há dois dia atrás ter ligado para o call-centre do Zapp ("trabalha melhor em equipa!") e ter escutado, na música de espera, uma modinha cantada pela Lata Mangeshkar. Estará Bollywood a ficar finalmente mainstream em Portugal? *_* I should be so lucky...

Good news is, estava frustrada por não mais poder ouvir o programa Swagatam da rádio Orbital (domingos das 10h às 14h) uma vez que me mudei para er... fora da grande Lisboa, e voilà, eis o link da salvação: http://www.activeradio.org/?q=node/518. Sim, porque o site da Orbital propriamente dito não tem player.

Em todo o caso, resta-me dizer que o Swagatam é uma maravilha, tem música indiana, concursos, trivia sobre a Índia, religião, cinema e não só e publicidade que se pode vir a revelar bastante útil. Além disso, o apresentador é 5 *****!

Props!

tele_barbie

24 de set. de 2007

30 de Setembro - Manifestação contra as Touradas (com wrestling ao vivo!)


Campanha “Touradas. Não vás, não vejas, não mates”

Em nome do entretenimento e da tradição, todos os anos realizam-se em Portugal centenas de corridas de touros onde milhares de touros são torturados e por fim mortos.
Por detrás dos trajes e das rotinas, esconde-se a arte do ódio e da morte, do desrespeito e da insensibilidade.

O carácter de tradição ou de arte não justificam, no séc. XXI, a tortura e morte de um ser que tem a capacidade de sentir e sofrer, tal como os humanos.
O entretenimento de um povo é essencial mas não deve e não pode estar associado à tortura de um indivíduo que nele não deseja participar.
O sofrimento não pode fazer parte das nossas tradições.


A Associação Acção Animal iniciou em Junho deste ano uma campanha de sensibilização pelo boicote às corridas de touros em Portugal. Esta campanha está a ser concretizada em duas frentes com objectivos distintos.

A primeira, uma forte campanha publicitária que recorreu à ironia para expôr a incompatibilidade da continuação da existência de touradas num país que se quer mostrar civilizado e desenvolvido.
No filme realizado é provocada a comparação entre uma tourada e a tortura de uma pessoa que é apedrejada por uma multidão em fúria. Afirmamos desta forma que não é coerente ser contra uma forma brutal de sofrimento e morte mas não acabar com a outra.
Esta campanha tem tido uma óptima aceitação na internet, com o vídeo da campanha a ser visto mais de 30.000 vezes, contrastando com as várias recusas de exibição dos vários formatos tanto na imprensa como nas televisões.
O vídeo pode ser visto em:
http://www.youtube.com/watch?v=EzQ_NBV5Z4g

Outros formatos publicitários podem ser vistos em:
http://picasaweb.google.com/accaoanimal/AcOAnimalAntiTouradas


Complementando esta campanha publicitária e em colaboração com a Wrestling Portugal e a Associação GAIA, será realizado um evento pelo boicote às touradas no próximo dia 30 de Setembro pelas 17h na Alameda D. Afonso Henriques (Metro: Alameda).
Neste evento vários activistas irão aplaudir, vaiar e emocionar-se de uma forma original com o combate de luta livre, o que certamente também irá atrair a presença de muitos curiosos e seguidores fieís deste tipo de entretenimento.
Queremos com isto cumprir dois objectivos de extrema relevância, 1) o de chamar a atenção às pessoas, principalmente aquelas que vão às touradas ou que conhecem alguém que vai, que as touradas são eventos que, em nome do entretenimento, promovem o sofrimento, a tortura e a morte dos touros; e 2) o de pedir a quem rodeia estes aficionados que mostrem iniciativa para ir com estes a outros eventos desportivos ou lúdicos, mas que não provoquem a morte e sofrimento de animais. Desta forma, a luta livre é mostrada aqui como uma alternativa à tourada, tal como outros tipos entretenimento.

Porque todos unidos temos mais força, convidamos todas as pessoas, grupos e associações que se identificam com a oposição às touradas a estarem presentes neste evento.

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Retirado do fórum da Acção Animal

Mars - chocolates testados em animais...


Before stocking up on candy this Halloween, you should know that chocolate-maker Mars Inc.—creator of M&M's, Snickers, and other candies—continues to fund deadly animal tests!

Mars has funded cruel experiments in which mice were fed a candy ingredient and forced to swim in a pool of paint. The mice had to find a platform to try to avoid drowning, only to be later killed and dissected. In another gruesome experiment supported by Mars, rats were fed cocoa and then sedated with carbon dioxide so that blood could be collected through a needle that punctured their hearts!

Mars' top competitor, Hershey's, has pledged to PETA that it will not fund or conduct experiments on animals. Please urge Mars to follow Hershey's lead and immediately end all support for animal tests!

Thanks for everything you do for animals!

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informação disponibilizada pela Peta

18 de set. de 2007

Vegans e Tubarões - parte II


No fim de semana passado li a crónica semanal 'O Sexo e a Cidália', de que tanto gosto. Apesar de não escrever por aí além, a Cidália tells it like it is e é muito divertida.
Esta última crónica era sobre veganossexuais (não sabia que existia o termo) e sobre uma reportagem da revista Visão sobre o assunto. A Cidália gozou um pouco com a cena, nomeadamente referindo que há muitas pessoas cujas fases de vegetarianismo/veganismo estão intimamente relacionadas com os parceiros amorosos que têm no momento. É claro que também acho isso gozável, embora não creia que seja o caso do casal visado pela Cidália e pela Visão.

Adiante.

Pelo que entendi, um veganossexual é alguém que, à partida, não se quer relacionar amorosamente com um carnívoro, nomeadamente porque depois se impõem questões logísticas, que é como quem diz, porque depois o vegan vai ter nojo de beijar a boca conspurcada do que come carne.

Pá, pelo que me parece, eu também sou dessas. E não estou a ver qual é o stress. Senão, vejamos: há pessoas que praticam activamente a escatologia, ou seja, volta e meia curtem comer cocó e beber ou levar com mijinho em cima. Da minha parte, não tenho nada a criticar nessa onda, não chateia ninguém. Mas será que o carnívoro comum conseguiria beijar a boca de um escatologista estando esta ainda manchada de castanho e cheirando a merda? Não me parece.

Então porque é que o vegan haveria de beijar de ânimo leve uma língua por onde minutos antes passara um cadáver? Isto para mim é muito simples: ou se é vegan ou não se é, e vegan que partilha a cozinha (e a cama) com um carnívoro não é vegan. Se for a ver a coisa bem vista, realmente não conheço nenhum que o faça. (Serão todos os vegans veganossexuais?)

Conheço, isso sim, alguns vegetarianos (= vegans a brincar) que realmente namoram ou coabitam com carnívoros. Mas esses são aqueles com que a Cidália goza. Quando o médico lhes diz "vai ter de comer peixe para ter uma alimentação equilibrada", essas pessoas nem hesitam. Em vez de procurarem um médico informado ou um nutricionista, partem logo para o supermercado em busca do precioso alimento. Tenho para mim que o fazem porque no fundo têm saudades de comer carne mas têm vergonha de o admitir. Isso é duplamente patético!
No ano passado, uma vegetariana que conheço engravidou, o médico disse para comer peixe e o que é que ela fez? Comprou carne de tubarão no Pingo Doce!!! ARGH!

Anyway, não tenho respeito por essa malta e nesse sentido estou com a Cidália. Não consigo respeitar aquelas gajas (porque são sempre gajas!) que são vegetarianas mas que cozinham carninha para os respectivos companheiros, guardam tupperwares com bifes junto à sua comida no frigorífico, etc. E quando mudam de namorado, se o outro se der ao trabalho de as convencer, põem o vegetarianismo para trás das costas.

Para mim é muito simples: assumindo que não somos irracionais, quando temos uma relação séria com outra pessoa sentimos afinidades a vários níveis, nomeadamente (e preferencialmente) a nível ético. Logo, sendo o estilo de vida vegan e o seu fio condutor moral tão diferentes dos de um carnívoro, a incompatibilidade é garantida.

A coisa só vai resultar se o elemente "verde" do casal for um desses vegetarianos totós que papa os grupos todos - literalmente :D . Se for um vegan, a probabilidade de conseguir levar o outro a mudar de dieta (seja pela conversa ou, muito simplesmente, por dar o bom exemplo) é elevada.

Não quero com isto diminuir os vegetarianos em deterimento dos vegans; a meu ver há os vegetarianos e os vegetarianos que são vegans in the making. Eu já fui assim e acredito que seja apenas uma fase de transição.

Mais informo que detesto a palavra vegan mas infelizmente tenho de a usar para fazer a distinção entre vegetarianos que, como a palavra indica, só comem vegetais e os outros vegetarianos que comem ovos e laticínios (e eventualmente uma postinha de pescada...)

Manifesto ANIMAL


A ANIMAL, associação que eu muito respeito e apoio, está a promover o chamado "Manifesto ANIMAL" com o objectivo de ser criada legislação actual e eficaz na protecção dos animais e, como é referido no respectivo site, pelo fim dos crimes sem castigo.
Existe uma petição online e também um link para se escrever ao Presidente da República apoiando este manifesto.

Como sempre tenho vindo a acreditar, há lugar para todos os grupos de defesa dos animais no nosso país e se há alguns que são orientados para a recolha e promoção da adopção de animais, a ANIMAL tem também um grande mérito, que é o de promover campanhas e lobbying no sentido de alterar aquilo que está errado desde a raíz - as mentalidades e, como consequência, a inacção dos poderes vigentes.

Word!

tele_barbie

Petição apoiando o Manifesto ANIMAL

Por um Código de Protecção dos Animais Moderno, Eficaz, Progressista e Justo

12 de set. de 2007

Tubaroes

Ao ver as notícias de hoje na TV, deparei-me com o horror - que até hoje desconhecia - da pesca de tubarões. Ainda por cima em Portugal!! Depois de, com tristeza, ver que Portugal é o 3º país que mais tubarões pesca no mundo, foram apresentadas as imagens daquilo que fazem aos pobres bichos. Além da já de si criminosa pesca "convencional" (com redes, anzóis e outros instrumentos medievais), também os puxam para os barcos com arpões (!), cortam-lhes as barbatanas e atiram-nos de volta à água, mutilados e sem hipóteses de sobrevivência.
Julvaga eu estar no pico do horror, quando um amigo me liga, irado com o que acabara de ver na TV, e me conta que no Brasil existe muito a moda de fazer amuletos (...) com olhos de tubarão já secos. Ou seja, o método é o mesmo, só que em vez de um tubarão sem barbatanas, o que é devolvido ao mar é um animal cego.
Como é possível, pergunto eu, essas bestas que fazem esse trabalho dormirem à noite descansadas? Eu acho que não têm esse direito e, sinceramente, espero que morram mortes bem horríveis e que em vida sofram o mais possível.

Em todo o caso, cumprindo o meu dever de cidadã que acredita firmemente no poder do lobbying, fui ao site da Shark Alliance e informei-me mais sobre o assunto.
Existe também uma petição online endereçada à Comissão Europeia para travar estas práticas aqui.

Como em tudo na vida, acredito que devemos apenas viver com aquilo que necessitamos e tentar, em todos os momentos, causar apenas o impacto necessário (preferencialmente, o mínimo) no ambiente em que nos inserimos. Eu não sou religiosa, mas realmente a gula, a ganância e o excesso são indubitavelmente desnecessários. Não pode haver nada de positivo a derivar de tanta maldade.

tele_barbie

PS.: ao fazer uma busca de imagens de tubarões no Google, só vejo animais mortos ou enfiados em aquários. Foda-se...

10 de set. de 2007

Somos pelos caes!

Hoje a minha irmã encontrou um hamster numa caixa de cartão nas traseiras de um supermercado enquanto passeava com o cão (Porto). Há cerca de um mês, uma das minhas vizinhas encontrou uma gaiola de hamster - com hamster lá dentro - junto a um contentor do lixo (Massamá). Meses antes a mesma irmã encontrara um outro hamster, desta feita depositado na caixa de publicidade postal do seu prédio (Porto).

Existe gente que abandona hamsters. Acho chocante.

Há alguns minutos atrás, uma outra vizinha da minha pessoa veio cá a casa com uma cadela magrinha que apanhou no IC19. Ela já tem 2 cães e 1 gato, pelo que irei eu, à partida, ficar com a cadela. No nosso agregado familiar, somos pelos cães. E pelos gatos e hamsters e outros. E eu fico muito perturbada com a quantidade (e variedade) de bicharada que é abandonada pelo nosso mundo fora. Não é só no nosso país, infelizmente. Irrita-me que tenham de ser meia dúzia de otários (como eu) a ter de limpar a porcaria que os outros fazem (arranjar bicho -> deitar fora o bicho).

Dá-me cabo dos nervos.

tele_barbie

4 de set. de 2007

A verdade acerca dos call-centres... II

A segunda parte do post 'A verdade acerca dos call-centres...' (Saturday, December 10, 2005)


Ao fim de quase, quase 2 anos demiti-me daquele emprego que em 2005 achei que ia ser temporário.
Não o fiz porque tive uma oferta melhor - em Lx? LOL! - mas porque me esgotou finalmente. Ao fim de não sei quantos anos em call-centres, finalmente conseguiram mirrar a minha alminha e o meu cérebro ao ponto de, literalmente, já não conseguir mais.

Sempre me preocupei com o stress dos call-centres e fui lendo artigos na net e falando com colegas sobre isso: em termos de stress, supostamente 1 ano num call-centre equivale a 3 num emprego administrativo; ao fim de dois anos aquele que começou por ser um bom operador começa a tornar-se só razoável com probabilidades de passar a medíocre; há pessoas com depressões, esgotamentos, etc. Não sei qual é a minha maleita mas fazia-me chorar entre chamadas várias vezes ao dia. E quando falava com chefes. E com colegas.

Bem, suponho que o desemprego não será pior.

tele_barbie

17 de ago. de 2007

LIPTON = UNILEVER = PROCTER & FUCKIN' GAMBLE!

‘SOMOS TODOS ANIMAIS’ - retirado do site da PETA







‘SOMOS TODOS ANIMAIS’

Qual é o elo comum entre as atrocidades no passado da nossa sociedade? Capítulos da História que nos envergonham – tais como o comércio de escravos africanos, o massacre e a deslocação de civis durante a guerra, a opressão das mulheres e o trabalho forçado infantil. Quer seja pelo lucro, pela facilidade, pela conveniência ou simplesmente pelo divertimento, esta atitude de “quem tem a força tem o poder” tem feito com que as sociedades tolerem, perpetuem, e vergonhosamente defendam actos repulsivamente cruéis.
Em retrospectiva não há dúvidas. A maioria das pessoas hoje em dia vê a escravatura, o trabalho infantil e a opressão das mulheres como sendo errados, mas isso só ocorreu porque pessoas conscenciosas exigiram justiça e lutaram contra a opresssão.
Irão as gerações futuras olhar para nós com a mesma vergonha e horror que sentimos quando lemos sobre navios carregados de escravos ou sobre o trabalho de crianças nas produções de algodão de Lancashire? A nossa geração opera da mesma maneira. A única diferença é que as vítimas de hoje - usadas e abusadas porque são “diferentes” e impotentes – pertencem a espécies diferentes.
As acções cruéis que hoje causariam um grito de revolta público – tais como o uso de militares, muitos dos quais morreram, em testes com gases neurotóxicos num centro de pesquisa em Port Down nos anos 50, depois de lhes ter sido dito que estavam a ajudar a encontrar a cura para a “gripe comum” – já não são toleradas porque aceitamos que magoar outros humanos simplesmente porque estes não se podem defender é repreensível. Os circos itinerantes já não exibem homens e mulheres fisicamente deficientes como “prodígios” para serem gozados e ridicularizados. No entanto, animais inteligentes e sociais ainda são usados em experiências, números de circo e outras aberrações.

VIRANDO A CORRENTE DA TIRANIA

Os movimentos de justiça social do passado encontraram grande resistênciada parte de quem estava em posições de poder.
Hoje em dia, milhares de animais são chacinados, alvos de experiências, alvejados, espancados por “treinadores profissionais”, acorrentados, afogados e dissecados. Estes abusos ocorrem de forma rotineira – apesar da capacidade humana de optar por alternativas e apesar de as provas científicas e o senso comum mostrarem que os animais sentem dor, amor, alegria, terror e outras emoções. Assim acontece porque os animais – cuja aparência, interesses e métodos de comunicação podem parecer ser bastante diferentes dos nossos – não têm poder para nos travar.
Tal como sempre foi errado oprimir e abusar de humanos com menos poder, também é errado abusar e oprimir os animais. Porque os animais são incapazes de se defender a si mesmos, é vital que pessoas com princípios falem em seu nome.
As vidas dos animais são tão importantes para eles como as nossas vidas o são para nós. Temos de os defender, tal como as pessoas justas de outras eras o faziam – arriscando até as próprias vidas – de forma a defender as mulheres, crianças, pessoas usadas como escravas e outros grupos oprimidos.
A exposição “Animal Liberation” (libertação animal) mostra que os animais são seres pensantes, com sentimentos e que merecem consideração pelos seus interessses, independentemente da sua utilidade aos olhos dos humanos.
São indivíduos que devem ser respeitados, deixados em paz ou protegidos. Não são nossos para que os usemos – seja em comida, roupa, entretenimento, experimentação ou qualquer outro propósito. Como o autor Henry Beston explicou, “[os Animais] não são irmãos, não são subalternos; são outras nações, apanhadas connosco na rede da vida e do tempo...”.
Felizmente, há muitas formas fáceis de criar uma mudança progressiva na forma como estas “outras nações” são tratadas. Quer seja através da exploração de saudáveis e humanitárias refeições vegetarianas, da escolha de produtos que não tenham sido testados deixando cair gotas de químicos cáusticos nos olhos de coelhos ou pelo uso de vestuário sem peles de animais, há inúmeras oportunidades de escolha entre prejudicar os animais ou ajudá-los.

ESCRAVATURA

Os africanos capturados e introduzidos no sistema de escravatura eram muitas vezes comparados a animais num esforço de se justificar o seu tratamento. Chamavam-lhes “brutos” e “bestas”. As suas vidas eram consideradas dispensáveis e muitos morriam às mãos dos seus opressores. É essa mesma mentalidade opresssiva por trás desses actos que conduz ao massacre de animais nos dias de hoje.
Espancamentos, linchamentos e imolações ocorrem hoje tal como ocrreram no passado – só as vítimas é que mudaram. Jovens ursos usados para entretenimento são capturados e removidos das suas terras natais e depois espancados e queimados em cimas de placas metálicas para serem “ensinados” a dançar. Vacas, galinhas e porcos têm as suas gargantas cortadas, normalmente quando ainda estão conscientes. Muitos animais são espancados, pontapeados e cuspidos no fucinho por trabalhadores de quintas e de matadouros que os vêm como objectos de escárnio, e não como indivíduos assustados.
Na experiência, financiada por impostos, de Tuskegee, nos E.U.A., que terminou em 1972, camponeses negros pobres que tinham contraído sífilis foram ludibriados para que tomassem parte de um “plano de tratamento” que não oferecia qualquer tratamento médico – facto que não lhes fora dado a conhecer. Quem conduziu as experiências documentou o declínio da saúde dos homens mas nada fez para travar a doença, que pode causar tumores, paralisia, cegueira, insanidade e morte. Um dos investigadores disse “não temos mais nenhum interesse nestes pacientes até que morram”.
Hoje, mais de 100 milhões de animais são torturados e mortos em laboratórios todos os anos. Entre 10 a 11 milhões de animais são alvos de experiências anualmente na Europa, principalmente no Reino Unido. Actualmente, o Reino Unido usa mais animais em experiências do que em qualquer outra altura desde 1992. Muitas destas experiências – incluindo infectar cães com doenças, cegar gatinhos, gotejar químicos cáusticos nos olhos de coelhos e alimentar veneno à força a macacos – são pagas com dinheiro dos contribuintes, apesar de haver alternativas progressivas e que não não envolvam animais. Os animais nos laboratórios sofrem e morrem porque são considerados “diferentes” e “inferiores” e porque não têm poder para se defender.
Compreendemos que todos os humanos merecem protecção da exploração e do abuso. Pessoas com compaixão compreendem que os animais – com as suas capacidades de pensar e sentir – também merecem essa consideração.

OPRESSÃO DAS MULHERES

Há não muito tempo atrás, as mulheres viam ser-lhes negados o direito ao voto e a uma educação formal. Não podiam ser proprietárias e eram consideradas propriedade que poderia ser expulsa da casa do seu marido se não correspondensse às expectativas deste último. A ideia de que as mulheres eram inferiores era aceite pela generalidade da sociedade e elas admoestadas para que fossem submissas e obedientes.
Eram-lhes negadas liberdades básicas. Viviam numa cultura dominante masculina na qual os homens tinham todo o poder, tiravam partido dele, e viam-no como uma verdade absoluta ou um privilégio concedido por Deus. A mesma atituda despoja hoje os animais do direito básico a uma existência sem serem explorados por humanos. Por exemplo, as vacas usadas para obter leite são regularmente emprenhadas para aumentar a produção de leite. Vitelos aterrorizados são levados para longe das suas mães angustiadas horas depois de terem nascido para serem vendidos como carne de vitela ou criadas pelo seu leite. Qualquer pessoa que já tenha visto uma vaca e o seu vitelo separados um do outro sabe que ambos ficam devastados; mugem e chamam um pelo outro por dias a fio. O leite das mães chorosas acaba por ser usado a acompanhar cereias de pequeno almoço e os seus bebés acabam como vitela em pratos de refeição ou de volta à produção em cadeia de leite. Cada copo de leite e cada fatia de queijo dão suporte a este sistema, como se o sofrimento de uma vaca não tivesse qualquer importância.
Os animais usados para entretenimento são espancados e electrocutados de forma a forçá-los a efectuar truqes que são, para eles, sem sentido, confusos, desconfortáveis e assustadores. São mantidos em jaulas apinhadas e impessoais ou em boxes atreladas ou então acorrentados no exterior, onde perdem a sanidade mental devido à frustração, isolamento e falta de estímulos. Sabemos que animais como os ursos têm emoções e pensamentos ricos e complexos que ainda estamos a começar a compreender, no entanto os humanos tiram partido do seu poder sobre eles em nome do prazer e do lucro.

O BEM-ESTAR INFANTIL

Houve tempos em que se acreditava que os bebés e as crianças pequenas não sentiam dor e essa crença servia para se justificar que em cirurgias complexas não fossem usadas anestesias. O choro e a agitação eram vistas como respostas automáticas e não como reações à dor. Hoje são usados argumentos semelhantes para justificar o abuso infligido sobre os animais. Por exemplo, algumas pessoas que apanham peixe dizem que a luta do peixe é automática, apesar de haver provas avassaladoras do contrário: os peixes lutam porque estão a tentar fugir, porque os anzóis os magoam e porque sentem medo.
Há décadas atrás, crianças pequenas eram usadas em fábricas, moinhos e quintas e estavam sujeitas a experiências cruéis porque eram facéis de controlar e não se podiam defender contra abusos externos. Os animais são usados e abusados pela mesma razão: porque são impotentes.
As crianças usadas para trabalhar eram muitas vezes conduzidas até um ponto de ruptura, tendo pouco tempo para comer ou descansar. Muitas ficavam incapacitadas ou morriam em acidentes com maquinaria, e a maioria sofria ferimentos ou desenvolvia problemas de saúde devido a desempenhar os mesmos gestos dia após dia em ambientes insuportáveis. Hoje, os animais usados como trabalhadores – tais como cavalos que puxam carruagens cheias de pessoas ou animais que puxam carros pesados – trabalham longas horas, por vezes até ao ponto de desmaiarem, e os seus ferimentos raramente são tratados. As suas necessidades de socializar, descansar e correr livremente são ignoradas.
Em 1939, uma experiência conduzida por professores da Universidade do Iowa chamada “Monster Study” (estudo dos montros) usou orfãos para estudar a influência da pressão psicológica sobre a gaguez. As experiências, que envolviam intimidar e enganar maliciosamente as crianças, fazia com que estas se retraíssem e gaguejassem. Quando o estudo terminou, não foi dada às crianças que tinham perdido a capacidade de falar normalmente qualquer terapia para reverter a situação. “Quando deixei o orfanato, essa experiência para mim terminou” disse um dos investigadores.
Hoje, animais bebés são tirados aos seus pais que os amam e que noutras circunstâncias alimentá-los-iam e cuidariam deles por muitos anos, tais como pais humanos o fariam. Grandes símios jovens são forçados a “actuar” e são usados para arrancar risos fáceis a audiências da TV, dos filmes e dos circos por todo o mundo. Quando se tornam demasiado grandes e pouco colaboradores – normalmente por volta dos 8 anos – são normalmente vendidos para zoos itinerantes de 2ª categoria para passarem o resto das suas vidas em solidão e degradação.
Tal como houve pessoas que se ergueram para virar a corrente e terminar com o trabalho e com as experiências em crianças – assim como com a escravatura e com a opressão das mulheres – também as pessoas que têm uma voz devem usá-la pelos animais que não se podem defender contra a exploração, a crueldade o desrespeito e a violência.

Vejam a exposição em http://peta.org.uk/animalliberation/display.asp

Texto traduzido por tele_barbie.

15 de ago. de 2007

Explicar o inexplicável


Vou escrever sobre um tema sobre o qual não costumo escrever nem falar. Quando me abordam sobre este assunto - e digamos que é todos os dias, normalmente em jeito de gozo ou provocação - tento não dar muita conversa. Como é que posso falar, de uma forma ligeira, sobre algo que é o núcleo de mim própria? Não se trata de uma questão de preferência ou gosto, trata-se daquilo que eu sinto e que eu sempre senti e que vejo, de uma maneira aberrante, que a maioria das pessoas não sente. Sentir está muito ligado a pensar e, de forma a não dar completamente em doida com pensamentos do género "mas são todos zombies?!", encontro conforto na crença de que são todos burros. São todos positivamente idiotas.

Todos os dias, a todas as horas, a cada momento que passa milhares de homens e mulheres são violados. Milhares de homens e mulheres são degolados, electrocutados, esfolados, fervidos vivos. Todos os dias nascem crianças que nunca vão ver o sol. Todos os dias nascem crianças que não vão conseguir andar por estarem confinadas a espaços tão pequenos que as sua pernas não se desenvolvem e acabam por partir-se, esmagadas sob o peso da engorda forçada. Todos os dias há adolescentes cujos testículos são literalmente trilhados com um instrumento metálico para serem privados de um desejo que, legitimamente, lhes pertence. Todos os dias milhares de pessoas vêem os seus membros amputados para que não se possam mexer, para que não se metam em confusões com a pessoa do lado. Ou de baixo. Ou de cima. Nas gavetas onde essas pessoas definham não se percebe bem quem está onde. Neste momento e naqueles que passaram desde que comecei a escrever, há bebés retirados às mães para serem canibalizados, tenrinhos que ainda são. E essas mães vêem os seus seios vampirizados mecanicamente por quem nunca deveria ter direito ao seu leite. O leite é dos filhos, não dos saqueadores infanticidas. Matar uma criança para lhe ficar com o leite é completamente hediondo. Essas crianças são lixo, e de uma forma ou de outra vão ser descartadas. Se não servirem para comer, podem ser deixadas ficar, ainda envoltas na placenta (essa única recordação do útero amoroso materno), à beira da estrada ou no meio do campo. São só bebés e estão abandonados! Todos os dias também, há jovens rapazes que, ignorantes do seu destino - pois que mente recém-chegada ao planeta poderia adivinhar tal engenho - são conduzidos para espécie de funil com lâminas que, um a um, os vão fatiando. As raparigas, essas ainda terão de passar mais umas quantas provações que lhes roubarão certamente a inocência de quem não percebe o que está a acontecer. No final, os que sobrarem, os que estiverem prontos, vão em fila indiana para a sala de onde já emana o cheiro do sangue dos da sua espécie.
São homens e mulheres que não podem fugir, são homens e mulheres que vivem uma vida de escravidão como nunca antes fora vista e são homens e mulheres que não percebem. E eu também não percebo. Não percebo a maldade, a crueldade, não compreendo a ignorância auto-imposta destas práticas que a maioria finge desconhecer. Já pensaram bem nelas? Se eu fosse crente em Deus, certamente já teria enlouquecido com a afronta inegável que os Seus mais miseráveis enteados perpretavam contra a Sua divina Criação. Mas mesmo não sendo crente, é isso que eu sinto. Acredito na Jihad. Ela existe dentro de mim e frustra-me não ter os meios para atingir os fins. Para corrigir o que está inerentemente errado.

Para quem percebeu, os homens e mulheres sobre quem escrevo são iguais a mim. Só não são humanos. Para quem não percebeu: mete uma bala na cabeça pois o teu cérebro não vale o oxigénio que consome.

9 de ago. de 2007

the chemicals inside us


Rococo - 18th century France at its’ most lavish. It made Baroque look positively sober. An obscure, neglected period, rarely mentioned in class. Critics called its art "cloying", shallow, vulgar and indecent.
Life then was like candy. Their world, so sweet and dreamy…
That was Rococo.
Girdles were tightened for beauty's sake - Too tight for breathing
It was... 非常にかわいい!
Or so they said.
Ridiculous!
Hedonism and lovemaking were all that mattered.
Out of bed, they liked embroidery. Then it was back to the bedroom. And then? Countryside walks.
I was smitten by Rococo.
A frilly dress and strolls in the country
That's how I wanted to live!

Confirma-se, o filme Matrix refere-se aos antidepressivos e ansiolíticos que abananam as nossas mentes e os Cientologistas sabem-no! E eu agora também.
Dei por mim há pouco a dançar ao som da música In Aankhon Ki Masti, cantada pela groovíssima Asha Bhosle, e a pensar como tudo seria perfeito se a vida das pessoas fosse passada ao som de música, a cantar, eventualmente a dançar (ou a ver alguém dançar), a ler livros empolgantes talvez até a recitar poesia de amor antiga. Isso e chá preto, o tempo todo, misturado com um farrapinho de leite, para que pudessemos beber to our heart’s content! E o nosso posicionamente para com os bichinhos? Oh adoradas manifestações da criação, oh vibrantes provas irrefutáveis do divino, essas seriam presenteadas com carinho e alimento, sem discriminação entre pêlo ou escamas ou número de patas ou asas!

WTF?

That ain’t me.

Apesar de eu <3 cultura Bolly e Urdu (it is about the only place my mind wonders when I’m not being my usual manic, misanthropist self), e de eu gostar de livrinhos e de bichinhos, esta não sou eu.

É verdade que eu só me entretenho com Bolly. Period. E sim, acho que devíamos andar todas de saris a partilhar cantigas inebriantes com os nossos amores. Mas quando digo todas, se calhar sou só eu. Porque normalmente, eu quero ver a humanidade toda morta, sem excepções. Só quero ser a última para ter a certeza que todos os outros estão mesmo mortos. E quantos aos animais, bem, a minha ideia é não perder tempo com festinhas nem papinhas mas ir directa ao assunto, ir directamente aos gajos dos campos de concentração, aos matadouros, aos laboratórios e matar toda a gente lá dentro. Depois cortá-los e dar aos porcos e às crianças carenciadas de África. Aliás, eu sou tão fervilhante de ódio que cada vez que vejo uma pessoa gorda penso em retalhá-la e dar aos pobres para comer. Filthy bastards, eating more than their share! Só penso na quantidade de animais que morreram para alimentar aqueles braços, aquelas pernas aqueles cus enormes que só ocupam espaço.

E porque é que de um momento para o outro o meu depressed, nasty self dá por si a pensar uma quantidade de abobrinha póney?*
Porque fiz tilt de tanta raiva, fui ao medico, ele disse “querida, toma um bagaço todas as manhãs, isso passa” e passou-me uma receita de um medicamento que, vou a ver, é fucking tested on animals (argh!) e o resultado é este. Eu, que nunca tomei puta de droga nenhuma na vida, ando mocada o dia todo, não posso conduzir, farto-me de dar erros ortográficos e tenho pensamentos bestas que sim, residem em mim algures adormecidos e mirradinhos mas que somehow, graças à alteração química que o medicamento faz no meu cérebro, estão a ocupar agora a minha mente com uma frequência assustadora. Ou não. Porque eu agora não me assusto com nada. Já dizia o outro, “because I got high, because I got high, tu-ru-ru-tututu…”

Anyway, acho que este semi-rasgo de lucidez tem a ver com o facto de ter falhado uma dose hoje de manhã, mua-ha-ha-ha!!!

Shit!

*vide theponytales.blogspot.com

23 de jun. de 2007

10 de jun. de 2007

BARCELONA

2 de jun. de 2007

Blogsticker II

E não é que o meu sticker desapareceu? Deixa ver se o da Team kali tá lá....


Ah, também desapareceu!
Bitches!

26 de mai. de 2007

A tradição

13 de mai. de 2007

Para a minha irma

Estou outra vez a chorar. Posso fazer de conta o tempo que quiser, inevitavelmente volto a lembrar-me e parece que foi ontem. Mesmo.
Quando o pai morreu, acedi à base de dados da Telepac, vi a conta dele cancelada, custou-me tanto. Onde quer que eu suspeite que há vestígios, registos da presença dele, vou lá ver. Não sei para quê. Fiz agora uma busca no Google, nome completo e mais uns detalhes. Encontrei o plano curricular de um curso daqueles que ele leccionava. Na parte do corpo docente, lá embaixo, está escrito "in memoriam" e o nome dele. Não consigo parar de chorar. Ainda bem que se lembram dele. Foi em 2001 mas ainda se lembram, ainda bem.
Às vezes penso em ligar às pessoas que se davam com ele, aos amigos, aos colegas. Será demasiado estúpido? Eu acho que sim, estou a tentar recuperar alguma coisa, estou a ver se páro o tempo. Já não vou a tempo de uma série de coisas. Não teria ficado nunca em Lisboa se sequer imaginasse. Quero tanto voltar para o Porto! Aí estou literalmente mais perto...
Buh!... Quando é que tens férias? Vamos as duas passear, vamos fazer uma viagem. Estou cheia de ranho, sinto-me velha, presa e acho que daqui já não vou a lado nenhum...
Props, sisterina!

10 de mai. de 2007

Umrao Jaan




retiraram o vídeo, buh!

Strapya world!!!!!


Este é oficialmente o site com as coisas mais fixes que eu já vi!!!!
São horas e horas de coisas que brilham galore ^_^
Penduricalhos de telemóvel em forma de cocó. I couldn't be more happy ;_;

www.strapya-world.com

7 de mai. de 2007

4 de mai. de 2007

Put your money where your mouth is

Tenho a dizer que para meu grande horror soube recentemente que a Peta não apoia a manutenção de abrigos para animais recolhidos da rua nem o sistema tanto usado de recolher-esterilizar-devolver à rua. Props à Associação ANIMAL pelo alerta.
Na verdade, a Peta defende mesmo a eutanásia (say what?!) dos bichos que andam na rua sem dono. Domesticação à parte, os nossos amigos peludos não optaram por inventar as casas e se não fossemos nós a lixar-lhes constantemente o esquema através da construção de estradas e do abate de árvores, eles certamente prefeririam viver na liberdade da natureza do que no quentinho castrador das nossas quatro paredes fechadas sobre si.
Posto isto, decidi investigar. Que é como quem diz, "Google it".
Há um monte de sites a "desmascarar" a Peta. Aparentemente a Peta apoia a Libertação Animal (jura? LOL) e aparentemente mata anualmente mais de metade dos animais que liberta - gulp!
Desta forma, continuo a amar a Peta pelas suas campanhas bem estruturadas e por atacar em todas as frentes. Por outro lado, nunca mais lhes dou guito.
Como um dos sites anti-Peta dizia, o dinheiro que eles gastam a assediar (sic) as empresas da indústria alimentar é o dinheiro que poderiam ter gasto a manter os animais por si recolhidos vivos. Está visto onde foram cortadas as despesas.

on the menu


Make your own KFC sign at peta2.com

25 de abr. de 2007

T E A M K A L I

tele_barbie aka kalibuchca

check www.teamkali.com

blogsticker

oooh, finally added a sticker to my blog!

11 de fev. de 2007

anime pet test!

http://www.wiredreflection.com/tests/pets.html
 

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