23 de set. de 2008

Atropelamento em Israel

Hoje de manhã, li no Destak uma notícia que referia que um homem palestiniano atropelou uma data de israelitas e depois foi morto. Fiquei a pensar que o "foi morto" seria uma má tradução, provavelmente quereriam escrever "morreu". No acidentes as pessoas morrem, não são mortas. Por curiosidade, fui ao Google.

Aqui vão excertos da notícia.

[Euronews]
Pelo menos 19 ficaram feridas esta noite em Jerusalém, depois de um carro ter atropelado vários militares e estudantes junto à zona antiga da cidade.

Segundo as autoridades, o condutor, alegadamente um palestiniano residente na zona Leste da cidade, mas sem ligações conhecidas a qualquer grupo armado, foi alvejado depois de ter atropelado dezenas de pessoas.

As autoridades israelita consideram a acção como um atentado terrorista. Pelo menos dois dos feridos encontram-se hospitalizados em estado grave.

A acção é a terceira do género desde Julho, quando outros dois palestinianos ao volante de retroescavadoras mataram pelo menos três pessoas.

Como resposta, o ministro da Defesa israelita ordenou a demolição da casa do suposto agressor, na zona Leste da cidade, uma medida que o Supremo Tribunal tinha considerado ilegal no passado.

[BBC News]
Jerusalem crash 'not deliberate'

The family claim the 19-year-old driver was murdered by Israelis

Relatives of a Palestinian who was shot dead after his car ploughed into a group of Israelis at a bus stop have denied it was a deliberate attack.

Nineteen people, mostly soldiers, were treated for light or moderate wounds in the incident in central Jerusalem.

Off duty soldiers shot the 19-year-old driver, in what Israeli police have said was an attack.

"My son was murdered, they killed him. He did not carry out a terrorist attack" said the driver's father.

"This was a car accident. The car stopped after hitting a wall. Why did they kill him?" Mahmoud Mughrabi said at his home in Israeli-occupied East Jerusalem.

Israeli police have said they were "100% sure" Qassem Mughrabi intended to carry out a deliberate attack, with one spokesmen saying a failed romance may have been the trigger.

(...)

The families of three Palestinians involved in attacks in Jerusalem this year - including the two digger drivers - have won Israeli court orders to prevent demolition of their homes.

Human rights groups say the house demolition policy is ineffective and illegal, violating the principle that one person cannot be punished for another's crimes.

Israel occupied East Jerusalem in the 1967 war. It is home to about 250,000 Palestinians and about 200,000 Israeli settlers.

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No Metro, falavam de civis armados terem morto o condutor. Na BBC já se fala de "off duty soldiers". Suponho que seja um misto de ambos, visto que em Israel o serviço militar é obrigatório para toda a gente.

Até poderia comentar o facto de alguém matar um condutor, sem lhe dar direito a julgamento. Talvez tenha sido essa a sua intenção e então suponho que os tiros tenham sido mais ou menos em legítima defesa. Ou talvez os militares tenham feito apenas um linchamento público e se estejam agora a encobrir, dizendo que sabiam que o tipo que fez o atropelamento o planeou.

Mas sabem o que é que esta demolições me fazem lembrar? Uns certos ghettos e expropriações da Alemanha dos anos 30...

18 de set. de 2008

O rodeo no Porto

Meu bom povo, gostava que todos se juntassem a mim na leitura deste blog, onde além de ser feito um apelo ao protesto contra um "rodeo"/rodeio/whatever que tem estado (e estará este fim de semana) a decorrer no Porto, uma cidade invicta na judiação de bovinos em arenas, são feitas ameaças a uma pessoa que enviou um mail de protesto à organização.

Isto é altamente chocante.
O nosso país é pejado de favores políticos e, dare I say, corrupção, mas não somos mafiosos!

Aqui ninguém quer chatear ninguém, ninguém quer tirar o sustento a quem quer que seja.
Só queremos que deixem de achincalhar os animais!! É pedir muito?

Os chulos tb vivem às custas das putas e isso não torna o trabalho deles legítimo.

Cada vez mais me parece que estamos todos nos Sopranos!

Caso queira protestar contra o dito "rodeo", e quiçà levar umas bofetadas na cara, veja como o fazer aqui.

Só até 21 de Setembro!!!!

Não é uma promoção mas podia ser!

21 de Setembro é a data limite para nos inscrevermos no autocarro *gratuito* que partirá de várias cidades do país até Lisboa para exigirmos uma lei de protecção dos animais A SÉRIO.

A ANIMAL está a organizar autocarros para o dia 4 de Outubro
com os seguintes percursos:

– Autocarro 1: Viana do Castelo – Porto – Coimbra – Lisboa
– Autocarro 2: Braga – Aveiro – Leiria – Caldas da Rainha – Lisboa
– Autocarro 3: Portimão – Faro – Lisboa

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail campanhas@animal.org.pt
ou pelo nº 96 235 81 83.

A concentração inicial será às 15h00m em frente à Praça de Touros do Campo Pequeno, de onde a Marcha arrancará em direcção à Assembleia da República.


Pessoal, as conversas entre amigos no café são bestiais mas não mudam nada.

Dentro da legalidade, isto é o mínimo que podemos fazer.

Dia 2, é contra as touradas!


Capturado espadim com 418 quilos em Sesimbra

O fotógrafo Hugo Silva capturou um espadim azul do atlântico (marlin azul) com 418 quilos, ao largo de Sesimbra, o que constitui um novo recorde europeu.
foto VÍTOR MENDES/LUSA
Capturado espadim com 418 quilos em Sesimbra
Espadim com 418 quilos

Esta foi a estreia de Hugo Silva na "cadeira de combate" da embarcação de pesca desportiva Jocanana. "Foi uma aventura. Nunca tinha ido à cadeira de combate, mas o skiper - Jerónimo Joana - disse-me que estava cansado e mandou-me ir, para me estrear", contou à Agência Lusa.

"Queria estrear-me com um peixe pequeno, não com este monstro. Foram sete horas de combate", acrescentou Hugo Silva, à chegada ao Clube Naval de Sesimbra, ainda antes de saber que estava perante um novo recorde europeu.

De acordo com o “skiper” (função equivalente à de mestre nas embarcações de pesca tradicional), Jerónimo Joana, a luta com o espadim azul começou quarta-feira à tarde, cerca das 15:00, e só terminou depois das 23:00.

"Pensávamos que era um peixe pequenino e mandei o Hugo Silva para a cadeira. Só 40 minutos depois, quando o peixe começou aos saltos, é que percebemos que se tratava de um peixe grande. Ele ainda quis sair da cadeira e dar-me o lugar, mas não deixei", disse Jerónimo Joana.

"Foram três horas em luta, até que o peixe se afundou. Tivemos de o tirar dos 600 metros de profundidade cá para cima com carreto, com o barco a andar avante, a andar à ré. Demorámos quatro horas nisso", acrescentou.

De acordo com os dados disponibilizados na página oficial da "European Federation Sea anglers", o feito da tripulação do Jocanana ultrapassa largamente o anterior recorde europeu, conseguido em Lagos, com a captura de outro espadim azul, de 383,47 quilos, em Setembro de 2004.

(in JN de hoje)
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E ainda falamos dos toureiros com as suas "alternativas" e mais não sei o quê.
Três horas a matar um animal e depois exibi-lo não me parece coisa de cavalheiros.

Qual é a lógica? A vida é bela e por isso vamos... destruí-la?

São dois pesos e duas medidas, os animais que a sociedade vê como "alimentos" são violentados de todas as formas e ninguém quer saber. Se isto fosse um tigre estava tudo horrorizado. Já para não dizer se fosse um cão.


Isto é que é mesmo para esquecer...

Como estão?

Não entrarei em detalhes. Hoje vi-me numa situação que irei descrever como kafkiana (embora eu nunca tenha lido Kafka) e fiquei muito zangada.
Senti o peso do corporativismo e vi olhares de quem parecia querer arrancar a minha cabeça mas não podia. Literalmente. Defendi uma posição e fui ouvida, menos mal. Era esse o objectivo. Vamos ver o que me acontece a seguir.


Podemos dizer tudo desde que não embaracemos ninguém.

15 de set. de 2008

5 vergonhas na vida, 5 momentos para esquecer

E porque o Pony é quem mais ordena, cá vai...

Eu não passo vergonhas, tenho uma faculdade inata de me embaraçar publicamente com frequência e acho que a melhor maneira de lidar com isso é partilhá-lo, não me deixar cobrir pelo véu negro do embaraço e dizer orgulhosa "Sim! Eu fiz isto!"

Ao menos sempre faço os outros rir.


1 - Falar com desconhecidos.

Acontece muito. Sou boa a decorar caras mas normalmente não as associo ao nome e depois confundo as coisas, enfim...
O facto é que conheci uma rapaz chamado M., de Coimbra, que me disseram ser dado a depressões e momentos de amnésia.
E passados uns meses revi-o em Lisboa, quando voltava do trabalho, no metro da Bicha-, perdão, Baixa-Chiado. E vocês que já lá andaram sabem como aquelas escadas até ao Chiado são looongas.
Então a vossa Babita encontra o dito M., cumprimenta-o efusivamente e ele responde num tímido "Então, tudo bem?" A Babita não se deixa demover pela adversidade, nunca!

E então começo a desbobinar todas as cenas escabrosas que estavam a acontecer na minha vida na altura e blá, blá, blá. À terceira vez que o jovem diz "A sério, eu não sou quem tu pensas", eu respondo zangada "Meu, é assim, essas tangas da falta de memória e o caralho comigo não pegam, tá? Baza mas é ali ter com a minha sister e o T. ao Heróis e tomamos um café."
E há que dizê-lo, o rapaz manteve-se fiel ao ditado que "aos malucos diz-se sempre que sim".
Chegando ao Heróis, estava a minha sis e o amigo T. à porta e eu digo "Pessoal, olha quem encontrei na rua, é o M.!"
"Er... ele não é o M."
"What do you mean? Claro que é! Não és?..."

E pronto, o rapaz fez o dever dele, garantiu que eu era entregue inteira à família e foi-se embora. Então lembrei-me, tinha falado com ele há uma noites atrás à entrada do WC numa discoteca...


2 - Pisar cocó.

Sempre. A toda a hora, a todo o momento. Basta sair à rua, comprar sapatos novos, tenho de pisar um cocó.

O pior é quando eu piso um cocó e não reparo (acontece, quando são mais molinhos).

Vou à H&M e decido experimentar umas roupinhas. Vejo uns calções giros, curtos, "vou experimentar sem tirar as sapatilhas, nem vale a pena, tiro a saia, visto os calções". É óbvio que as sapatilhas deixaram um rasto gigante de m**** por dentro dos calções ao entrar e nem cheguei a experimentá-los. E como é lógico comprei-os, não ia deixar ali a prova do meu crime para outro limpar.

O pior foi a ansiedade na caixa enquanto a funcionária os registava...


3 - What's my name, biatch?

Às vezes acho que sofro de uma problema qualquer neurológico, fora de brincadeiras, esqueço-me muito das palavras e isso é mais chocante e notório no que toca a nomes.

Sabem quando vemos um conhecido na rua e mesmo que nos lembremos dos momentos que vivemos com essa pessoa e das coisas que sabemos dela, só falta o nome? Imaginem isso acontecer constantemente. É a minha vida.

Quando vim morar para o Porto, recebi uma chamada de 3 amigos de Lx, o P., o M. e a T.
Enquanto que os dois primeiros falaram e disseram logo "Aqui é o não-sei-quantos!", a T. fez a única coisa que não me podem fazer: "Sabes quem fala?"
Sei! Sei como é a tua cara, o teu cabelo, os teus olhos, onde moras, a tua idade, o teu emprego, as conversas todas que tivemos e porque sempre gostei de ti mesmo antes de falar contigo mas não me lembro do teu nome! Isto é péssimo.
Foi péssimo porque ela percebeu, e é péssimo porque é possível que leia este post e aí terá a confirmação que eu sou imprestável. Mas não sou. Sou só doida :)

DESCUUUUULPA!!!!!


4 - O Emanuel

Esta é uma que faz a minha família delirar de riso. E a minha mãe morrer de vergonha.

Vivia eu em Massamá City, algures na linha de Sintra, e fui com os colegas da secundária ver o "Emanuel ao Vivo!" nas comemorações do aniversário do famoso Shopping de Massamá.

Estávamos a delirar com a pimbalheira, tanto assim que o artista reparou no nosso entusiasmo e pegou em mim e em mais uma rapariga e içou-nos - literalmente - para o palco, apresentando-nos como as suas novas bailarinas.

No andar de cima a minha mãe passeava com os meus tios betos vindos do Porto quando ouve:
"E tu como é que te chamas?"
"B-Barbie*, ihhih..."

E pronto, dançámos com o Emanuel e toda a gente viu. Whatever.


5 - Falar nos silêncios durante os concertos.

Que posso eu dizer? Uma vez fui "obrigada" a ir a um concerto de Death in June (go Google it) em Sintra e, desconhecendo a maioria das músicas, lá se ouvia de vez enquando uma vozita a dizer "... gótica gorda...", "... bixa comunista...", "... a saia daquela..." e outras do género. Nem sei como não levei na boca. Bah, são todos uns posers!

Finito!

* not my real name

12 de set. de 2008

Reunião Secreta para Acabar com a Protecção das Baleias

Recebi um e-mail do IFAW (International Fund for Animal Welfare) com o seguinte texto:

We’ve learned about a secret meeting that could mean the end of years of whale protection.

From September 15-19, a group of member countries from the International Whaling Commission (IWC) will meet in St Petersburg, Florida to consider lifting the ban on commercial whaling.

Please take action now to stop this from happening by sending and email to Secretary of Commerce, Carlos M. Gutierrez, and ask him to keep whale protection a public issue.

10 de set. de 2008

Leiam este post!


Está nas ponytales.

5 de set. de 2008

ANIMAL - IMPORTANTE!!!


(excerto de e-mail enviado pela Associação ANIMAL)

· Por favor continue a recolher assinaturas a favor de uma nova lei de protecção dos animais, formulada enquanto Código de Protecção dos Animais. Até 15 de Setembro, por favor envie para a ANIMAL (para o Apartado 24140, 1251-997 Lisboa) todas as folhas de petição que tiver com assinaturas. Até lá, por favor continue a promover esta petição (que pode descarregar e imprimir – sempre com o frente e verso do documento na mesma folha – a partir de http://www.manifestoanimal.org/images/documentos/peticao_por_um_codigo_de_proteccao_dos_animais.pdf) e peça a todas as pessoas que conhece (desde que sejam cidadãs portuguesas ou cidadãs estrangeiras residentes em Portugal, com idade igual ou superior a 18 anos a 1 de Outubro de 2008) que assinem esta petição de importância fulcral para os animais de Portugal.

· No dia 2 de Outubro (5.ª feira), a partir das 19h30m, em frente à Praça de Touros do Campo Pequeno, participe na Grande Manifestação Nacional Contra as Touradas. Pela abolição das touradas em Portugal, para que os touros, outros bovinos e os cavalos não mais sejam vítimas das touradas, por favor PARTICIPE e DIVULGUE. A ANIMAL organizará transporte gratuito (ida e volta) a parir de várias zonas do país. Para mais informações e/ou para se inscrever para beneficiar do transporte, por favor contacte campanhas@animal.org.pt.

· No dia 4 de Outubro (Sábado), Dia Mundial do Animal, participe na Marcha Nacional Por um Código de Protecção dos Animais Moderno, Eficaz, Progressista e Justo e Pelo Fim dos Crimes Sem Castigo diária e impunemente cometidos contra os animais em Portugal. A concentração inicial será às 15h em frente à Praça de Touros do Campo Pequeno, de onde a marcha arrancará, em direcção à Assembleia da República. A ANIMAL organizará transporte gratuito (ida e volta) a parir de várias zonas do país. Para mais informações e/ou para se inscrever para beneficiar do transporte, por favor contacte campanhas@animal.org.pt.

· Participe activamente nestas iniciativas decisivas e divulgue-as o mais possível. A triste e injusta situação dos animais de Portugal só mudará realmente se os amigos dos animais forem, de facto, os seus mais activos defensores.

A partir de Outubro, a ANIMAL estará apostada em levar a Assembleia da República a, de uma vez por todas, pôr em dia as dívidas do Estado Português para com os animais de Portugal. O mínimo que o Estado Português e a sociedade portuguesa devem aos animais do país é estabelecerem um Código de Protecção dos Animais formulado nos termos propostos no “Manifesto ANIMAL – Proposta Orientadora para um Código Português de Protecção dos Animais”. E cabe a cada um de nós fazer tudo o que puder para levar a Assembleia da República a cumprir este dever civilizacional.

Por favor, participe neste esforço. Não se esqueça de que, da sua participação, depende o sucesso deste esforço para melhorar o estado da protecção dos animais de Portugal. “Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos comprometidos e empenhados pode mudar o mundo. De facto, é a única coisa que o tem mudado”, como afirmou a antropóloga Margaret Mead.
 

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