20 de abr. de 2009

Mariquices, paneleirices e outras merdices


Este post é inspirado por um episódio que ocorreu este fim de semana e que me recordou o quento odeio paneleirices. E não, não estou a falar de gayzices. Eu aprecio gayzices.
É mesmo de paneleirices.

Para quem não sabe, eu conduzo um carro com quase 20 anos que me custou 600€, tem a pintura descascada e uma ou outra cagadela de pombo. Nunca o aspirei. Lavei-o duas vezes na rua, a primeira com champô do Pingo Doce e a segunda só com água. O meu carro anda, leva-me aos sítios e passa sempre naquele teste que nos fazem na inspeção para ver o nível de emissão de gases poluentes. Por mim está óptimo e eu gosto dele. Até lhe dei um nome próprio.

Como sou pouco dada a convívios e só vou ao emprego para trabalhar, raramente me apercebo do nível de paneleirice da maioria das pessoas. Quando conduzo, o que é assaz raro, dou por mim enfiada no trânsito com uma cambada de frufrus com medo de acelerar e com carros que em tamanho (e preço) parecem compensar a falta de qualquer coisa. Sim, estou a falar de masculinidade, virilidade, macheza, o que lhe quiserem chamar.
Vejo gajos com topos de gama que me tentam entalar e que, perante a irredutibilidade de quem tem uma lata a precisar de pintura nova, fogem amedrontados; vejo avôzinhos com pseudo-jipes maricas tipo susukis que precisam de um carro alto para se sentirem maiores, enfim, é toda uma mariquice que me dá cabo dos nervos.

Este sábado, quando esperava pela minha vez no posto de combustível, presencio a derradeira paneleirice: um gajo que atesta o depósito com um toalhete na mão para não tocar directamente na mangueira. AAAAARGH!
Se há coisa que odeio é malta que usa luvinhas e paninhos para não tocar numa cena que, pasmem, não está suja! Que nervos!!

E sim, eu não posso com gajos que põem creminhos nas mãos, que vão ao solário, que não sabem (nem que seja em teoria) mudar um pneu, que tomam banho antes e depois de quecarem, que não bebem água da torneira, e que usam paninhos para segurar a m**** da mangueira do combustível!

Pelo amor da santa, nós descendemos de macacos e se a natureza quisesse que não tocássemos com as mãos directamente nas coisas tínhamos nascido com luvas.

Num cenário apocalíptico o que é que essas pessoas fariam, chamariam pela mãezinha?

Infelizmente tenho um tipo físico petit que não acompanha toda a machona que eu poderia ser. Compreendo que nem toda a gente seja assim por dentro. Mas caramba, temos de ser tão distanciados do nosso "eu" verdadeiro (aquele que tem pêlo e que come com as mãos)?

Eu sou uma grande defensora da libertação feminina e acho que as mulheres são estúpidas ao auto impôr-se um regime de perna depilada, bigode eliminado e saltos altos nos pés. Não é natural. Mas acho que devemos ter liberdade para o fazer ou não sem sermos julgadas umas pelas outras.
Agora, que a nossa auto castração feminina se comece a espalhar aos homens e a criar uma geração de "metrossexuais" inúteis e vaidosos, isso já me deixa aborrecida. Mas é por eles, não é por mim. Eu vou continuar machona.

15 de abr. de 2009

10 de abr. de 2009

O Banco Alimentar Contra a Fome não é amigo dos animais

Banco Alimentar não é Banco Alimentar Animal
Instituição acusa Banco Alimentar Animal de tirar partido da sua «notoriedade e imagem»
(In “Portugal Diário”, 10 de Abril de 2009, http://diario.iol.pt/sociedade/banco-alimentar-animal-imagem-nome-sociedade-tvi24/1056085-4071.html)

Os advogados do Banco Alimentar Contra a Fome instaram o Banco Alimentar Animal a mudar de nome por considerarem que a designação escolhida «se aproveita da notoriedade e imagem» da instituição que representam, refere a Lusa.

Ana Ribeiro, fundadora do Banco Alimentar Animal - que desde Dezembro distribui comida, agasalhos e medicamentos aos cães e gatos mais desamparados - confirmou a recepção, na quarta-feira, de um e-mail dos advogados do Banco Alimentar Contra a Fome.

Na mensagem, os advogados Tomás Vaz Pinto e Vasco Stilwell d¿Andrade afirmam que as similaridades entre os dois bancos alimentares passam pela utilização «da mesma cor e de um domínio semelhante» na Internet e levam várias pessoas a dirigirem-se ao Banco Alimentar Contra a Fome pensando tratar-se do Banco Alimentar Animal.

A alegada confusão «poderá ofender os milhares de dadores e voluntários do Banco Alimentar Contra a Fome», que podem associar a iniciativa do Banco Alimentar Animal à actividade do Banco Alimentar contra a Fome, «criando ainda a ideia de que a contribuição e ajuda das pessoas mais carenciadas [sic] se poderá equiparar ao apoio a animais, o que não é aceitável», sustentam os causídicos no mesmo e-mail.

Diferenças de imagem entre instituições

Questionada sobre esta mensagem, Ana Ribeiro, de 29 anos, declarou não ter «nenhuma pretensão de colagem ao Banco Alimentar Contra a Fome», para o qual - assegurou - costuma contribuir, «tal como diversos voluntários da associação, alguns dos quais também já fizeram voluntariado naquela instituição».

«Nós fomos ao site do Instituto Nacional da Propriedade Industrial para registar o nome e verificámos que o Banco Alimentar Animal tinha 25 por cento de igualdade com outros nomes, mas nenhum era o Banco Alimentar Contra a Fome», garantiu, assinalando que, «quando há mais de 85 por cento de semelhanças nem é possível registar a marca».

No que respeita à escolha do azul, «deveu-se ao facto de ser uma cor neutra», e quanto aos endereços, «não é fácil confundir www.bancoalimentar.pt (um site) com www.bancoalimentar-animal.blogspot.com (um blog)», afirmou Ana Ribeiro, rebatendo duas das coincidências apontadas pelos advogados.

«O logótipo também é muito diferente pois o nosso é um rectângulo arredondado nas pontas com um cão e um gato em cima e a frase «Seja da espécie que ajuda», enquanto o deles tem duas pessoas a formar um «B» e um «A»», argumentou a responsável, assinalando ainda que «o que estará registado é o nome «Banco Alimentar Contra a Fome», não a expressão «Banco Alimentar»».

Surpresa para Banco Alimentar Animal

«Ficámos chocados com a atitude do Banco Alimentar Contra a Fome. Eu sou publicitária e não estamos a fazer concorrência - se é que podemos usar o termo «concorrência» ao falar de solidariedade - nem há aqui qualquer deslealdade, pois não estamos a roubar nada. Nós recebemos comida para animais, não para pessoas», sublinhou.

Na mensagem, os advogados solicitam ao Banco Alimentar Animal que «proceda de imediato (e nunca para além do dia 15 de Abril de 2009) à alteração do nome para uma designação que não colida» com a do Banco Alimentar Contra a Fome, bem como «à supressão do mesmo em todo o material publicitário que possuem».

Perante isto, o Banco Alimentar Animal decidiu alterar o nome para Projecto de Ajuda Alimentar Animal, estando também a mudar os endereços e a linha gráfica do seu espaço na Internet.
 

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