Felicidade total com esta notícia!
Sou uma proud owner de várias Polaroids, duas delas da Barbie, e posso garantir que não há fotografia mais maravilhosa (e imprevisível) do que a tirada com uma Polaroid.
FYI, as Polaroids não se abanam, colocam-se no quentinho ou no frigorífico consoante o tipo de côr que queremos obter.
*happy* *joy* *happy* *joy* *happy* *joy* *happy* *joy* *happy* *joy* *happy* *joy*
---------
O regresso anunciado da Polaroid
30.05.2009, Vanessa Rato - Público
Até ao fim do ano, o austríaco Florian Kaps conta ter reinventado o segredo da Polaroid e ter a sua fábrica holandesa a vender para o mundo inteiro
Há dois anos, quando se anunciou o fim da produção dos rolos de revelação instantânea da Polaroid, ficou também anunciado o fim de um formato que de símbolo de democratização da fotografia passara a objecto de culto. A culpa, disse-se, era do digital, que, mais rápido, mais barato e com cada vez melhor definição de imagem, tinha tornado obsoleto o seu antepassado mais directo. Felizmente, por uma vez, enquanto meio mundo largava tudo e se punha a correr cegamente na direcção do futuro, houve quem se tenha deixado ficar a olhar o vazio transformando-o numa oportunidade. Esse alguém foi Florian Kaps, um austríaco de 38 anos.
Formado em Biologia, até ao fim do ano Kaps conta ter o seu lugar ao sol no nicho cada vez mais alargado do regresso ao analógico. O diário norte-americano The New York Times foi encontrá-lo em Enschede, uma pequena cidade na fronteira da Holanda com a Alemanha. É lá que fica a fábrica onde, com um pequeno grupo de cientistas, está a tentar reinventar o Santo Graal dos segredos químicos da Polaroid.
Reinventar é a palavra certa. A viver em Viena, em Junho do ano passado, Kaps, que há já três anos geria uma loja online de produtos da marca, decidiu ir até Enschede para a cerimónia de encerramento da fábrica local. Foi lá que conheceu André Bosman, o engenheiro responsável do complexo. E foi Bosman quem lhe deu a dica: a maquinaria de produção, cuja substituição recente custara mais de 90 milhões de euros, ainda funcionava, apesar de estar destinada ao lixo em dias. "Foi aí que parámos de beber cerveja - o que é uma pena, porque a cerveja holandesa é boa - e começámos a falar de negócios", contou Kaps ao NY Times.
Salvar o equipamento
Com Bosman, Kaps inundou a Polaroid de pedidos e conseguiu salvar o equipamento, em parte ajudado pelas acusações de fraude fiscal que entretanto caíram sobre Tom Petters, presidente da empresa do Minesota que comprou o nome, propriedade intelectual e bens da Polaroid e que pretendia transformá-la em mais um nome do mercado do digital. Com as acusações pendentes e no meio da incerteza, o proprietário da fábrica holandesa decidiu alugar as instalações a Kaps e à bolsa de cerca de dois milhões de euros que este conseguiu reunir junto de amigos e família. Tarde demais, porém, para conseguir amostras dos químicos: essa linha de produção, sedeada nos Estados Unidos, fora desmantelada anos antes, deixando apenas stock suficiente para chegar aos últimos dias previstos de fabrico dos rolos.
O que está agora em causa, para Kaps, é, pois, uma verdadeira reinvenção da caixa que contém tudo o que normalmente estaria numa sala de revelação: papel fotográfico, negativo, fixador... "Temos aqui um total de cerca de 300 anos de experiência. Essa é a chave de reinvenção do processo", disse Kaps, optimista, ainda ao NY Times.
Segundo os seus cálculos, actualmente, haverá um total de mil milhões de máquinas Polaroid espalhadas pelo mundo. Mesmo que muitas delas tenham ido parar ao fundo de gavetas e armários, Kaps, que põe na equação os 300 milhões de pacotes Polaroid produzidos em Enschede em 2007 e os 24 milhões dos primeiros meses de 2008, acha que pode contar com pelo menos dez anos de produção, até o formato se tornar definitivamente não rentável (ele traça o próprio retrato: "Fiz uma tese muito interessante sobre os olhos das aranhas, mas sempre fui um vendedor").
Quando se anunciou o fim da marca anunciou-se também que o prazo de validade dos últimos lotes expirará em Setembro deste ano. Foi quando surgiram os vários grupos Save Polaroid e quando o site Polanoid.net, também gerido por Kaps, registou mais de 160 mil uploads de polaróides "scanadas" por apoiantes da causa.
Honestamente, o New York Times merecia dar esta história. Afinal, foi o mesmo jornal que publicou na capa a primeira fotografia do género, secundado pela revista Time, que deu uma página ao auto-retrato a sépia de Edwin Land, o inventor que durante umas férias, em 1944, tinha dado por si a tentar explicar à filha de três anos porque é que ela não podia ver de imediato a fotografia que o pai acabara de lhe tirar com uma máquina tradicional. Menos de quatro anos depois Land, a que se atribuem 533 patentes, estava na Optical Society of America com o protótipo de uma nova máquina fotográfica, a capturar e revelar imagens em menos de um minuto, fixando-as sobre um plástico carregado de microcristais de sulfato de iodoquinol.
"O objectivo da invenção da fotografia instantânea foi essencialmente estético", diria Land, que conseguiu seduzir para a sua causa um dos maiores fotógrafos do momento: Anselm Adams. Palavras semelhantes às que diz agora Kaps: "Tem tudo a ver com a importância do analógico num mundo cada vez mais digital."
31 de mai. de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
SWEEETT! :)
E gosto muito da roupa nova do teu Vlog!
É, até tá fixolas :P
POLAROID KICKS ASS!
apoiem o senhor - como eu já fiz - e comprem coisas no site dele que era o unsaleable.com e que agora é o www.polapremium.com.
Eu punha as minhaa no bolso traseiro das calças. Ou no bolso das calças no traseiro. Que resultado diferente obteria se pusesse no frigorífico?
Cores frias.
que bom, eu tenho uma e juntamente com a Lomo LCA, é das minhas máquinas favoritas :)
que bom regresso.
gostei muito da vossa visita hoje.
Oh, obrigada! ^_^
Sim, Polaroids e Lomos são demais. Eu amo a minha Colorsplash, é a minha preferida ;)
Mas nada bate a expectativa de uma Polaroid.
Postar um comentário