Nem tudo o que se vê na televisão é real...
Hoje estou suficientemente irritada para fazer um post escrito, um que não seja só uma foto - which is the way i like'em.
Eu trabalho num call-centre. É já o terceiro. Primeiro um ISP, depois uma companhia aérea e agora novamente um ISP. Encaro estes trabalhos como temporários pois deus me livre de ficar a trabalhar nisto para sempre. Disse ela, na certeza de que este é mesmo o último.
O que eu gosto nos call-centres: entras lá a saber 0 sobre um dado produto, tecnologia, sistema informático, whatever, e sais de lá a saber tudo. O que é pena, porque normalmente ficas triste por saber tanto e poder fazer tão pouco. É verdade.
Os clientes (que são o que me leva a escrever esta pequena dissertação): há-os de duas maneiras.
Há clientes que ligam, são informados/orientados e aceitam o que lhes é dito. Quando não aceitam, quando acham que poderia ser feita mais qualquer coisa ou que não estão suficientemente elucidados, pedem educadamente para falar com um superior hierárquico ou fazem o mais sensato - escrevem, mandam um fax. Um fax é sempre considerado "importante".
E agora algo completamente diferente!
Regra número um do call-centre: o operador não mente
Regra número dois do call-centre: o cliente que menos facturação dá à empresa é sempre o que mais reclama.
Normalmente estes clientes ligam, gritam e ofendem (por vezes pessoalmente) quem nada tem a lucrar com a insatisfação do cliente. Hoje fui chamada de aldrabona, mentirosa, incompetente. Ontem chamaram-me gulosa. Por dinheiro, lol!
É que na cabeça de quem liga, a pessoa que atende ganha parte dos lucros que o cliente gera. Por isso, quantos mais clientes vigarizados, melhor! Oh sim. É mesmo isso! E já agora, tudo o que dizemos é mentira, proferimos falsidades tal como nos foi ensinado a fazer na Academia do call-centre, onde somos todos treinados. Será que alguém acredita mesmo nisto? Eu acho que sim, em certos casos há clientes que acreditam realmente que os operadores telefónicos são alguém que, quando chega a altura da partilha do saque, também fica com uma parte para si. É. O operador não é o coitado que está lá a atender aos sábados, aos feriados, à noite, quando todos descansam, quando todos param de trabalhar.
Vamos ver as coisas como são: os empregados dos centros comerciais (até já do comércio de rua), os seguranças, os assistentes de call-centre e afins são aqueles que possibilitam que os outros gastem o seu dinheiro naquilo que querem e de que precisam. se não houver ninguém a trabalhar lá, bye-bye idas ao supermercado a altas horas da noite. Adeusinho aos fins-de-semana no shopping. Como é possível que eu, de pijaminha e no quentinho de minha casa à uma da manhã me vá lembrar de mandar vir com um pobre coitado que a única merda de emprego que arranjou foi esse? Por favor. Nós, os que trabalhamos, gostamos que nos deixem fazer o nosso trabalho em condições e parte dessas condições é não ter de 5 em 5 minutos a nossa palavra posta em dúvida e o nosso nome insultado. Até já me disseram que os meus chefes me dizem para mentir. Quando for para ganhar dinheiro à custa de me vender, sei onde o posso fazer e com mais sucesso.
Mas tudo bem. já estou em casa, já estou no meu aquário de bem-estar e caguei naqueles FDPs todos espero só que fiquem todos desempregados e que um dia os veja lá a todos. Para se ouvirem a eles mesmos. Damn bitches!...
10 de dez. de 2005
7 de dez. de 2005
22 de jul. de 2005
21 de jul. de 2005
i can't believe it's not dog poop!!
antes de começar, quero tornar claro que também eu me sinto incomodada quando piso cocó de cão no passeio. quem comigo convive sabe que isso ocorre diariamente, em maior ou menor quantidade é certo, mas onde quer que eu vá é fatal que vá pisar cocó. aceito-o como um dom cujos benefícios e aplicações ainda não me foram revelados.
por força da lei, quando vou com o meu cão à rua levo os saquinhos que a câmara me dá ou, na falta destes, sacos do supermercado. não quero ser multada nem ameaçada por alguém que não conheço no meio da rua.
mas o facto é que apanho o cocó contrariada. é verdade que os cocós podem ser uma ameaça à saúde de quem os tocar. mas nunca ouvi falar de alguém que tenha realmente contraído uma patologia no seguimento de contactar com cocó desconhecido na rua. se tendes lombrigas, é porque comeis porco. tornai-vos vegetarianos e os vossos corpos tornar-se-ão lombrigas-free! mais ou menos...
por uma questão de respeito, não deixo que o meu amigo canino faça cocó junto à janela de alguém. eu moro num rés do chão, eu sei o que isso é :/
mas na relva, onde há escaravelhos bosteiros e insectos afins, não vejo qual é o problema. now you see the poop, now you don't! work your little magic, bugs!
e a verdade é que, mais ou menos rapidamente, o cocó deixado ao ar livre acabará por desaparecer, acabará por se tornar manta morta. os sacos que usamos para o apanhar teriam melhor fim se fossem reciclados e reutilizados como garrafas ou camisolas polares. ainda por cima com o glaciar aí à porta, não era mal pensado, não senhor!
se deixarmos o cocó ao ar livre, ele é devorado por insectos ou escatologistas de passagem. se o embrulharmos em plástico (e note-se que um saco de supermercado tem muuuito plástico mesmo) ele vai parar a uma lixeira e esse mesmo plástico demorará entre 10 a 20 anos até se destruir. ( http://www.planet-science.com/outthere/index.html?page=/outthere/environ/rubbish.html )
como tal, acho que as políticas de apanhar o cocó do chão não contribuem de facto para um melhor ambiente (pelo menos não a médio prazo) e estão ao nível de tapar as favelas com anúncios quando alguém importante vai ao rio de janeiro. é podre.
17 de jul. de 2005
15 de jul. de 2005
25 de jun. de 2005
o inicio
este blog inicia-se no dia 25 de junho de 2005. por acaso hoje realiza-se o arraial do gay pride em lisboa e por acaso (really!) gostaria de começar o blog falando sobre um assunto relacionado. there.
começando: há pouco falaram-me da naturalidade da heterossexualidade e da não naturalidade de some boy on boy action e, já agora, some bitch on hoe action :D
na minha opinião, gosto de pensar que sou mais do que apenas uma gaja, e a ideia de só me poder relacionar intimamente com homens é como alguém me dizer "ei, não passas de uma mulher, so act like one!!", ou seja, limita os teus actos ao que é suposto, por natureza (caham), fazeres com o teu corpo. e como acredito que somos um pouco mais do que apenas o nosso corpo, não vejo o sentido de nos restringirmos dessa maneira. era só isso que queria dizer.
já agora, qual é a cena de todos os anos o pride ser feito no monsanto? é para pôr as paneleiras ao pé das putas e as esconder das gentes "sérias"? ou é para pegar fogo a toda a gente e depois dizerem que foi acidente? eeek!!!
vou tentar publicar aqui o poster que acho que está bestialmente bom. boas cores, bom lettering e, mais importante, polaroids!! adoro-as!
word!
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