28 de jan. de 2009

Imigrante suicida-se no Porto

Ontem

20-06-2006

Imigrantes dizem ser maltratados pelo SEF

E marcaram uma manifestação para sábado no Porto

Dezenas de imigrantes de origem maioritariamente paquistanesa, indiana e magrebina manifestam-se sábado em protesto contra a forma como são tratados pela delegação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do Porto.

A manifestação, seguida de marcha, foi decidida numa concentração realizada segunda-feira na Praça da Liberdade na sequência do suicídio de Hamid Hussein, um paquistanês de 33 anos que recentemente se atirou da Ponte D. Luís I ao rio Douro.

Segundo os manifestantes, Hamid Hussein, pai de dois filhos, encontrava-se em depressão há bastante tempo devido à forma como era tratado pela delegação do Porto do SEF, onde tentava revalidar a sua autorização de residência.

Segundo a Essalam (Associação de Imigrantes Magrebinos e de Amizade Luso-Árabe), aquele imigrante, que se encontrava em Portugal há cinco anos, estava a deparar-se com dificuldades no processo de revalidação da autorização de residência.

De acordo com a mesma fonte o SEF exigia um comprovativo em sede de IRS de que o imigrante auferia de um rendimento anual de pelo menos 5.400 euros.

Face à impossibilidade de o provar, e alegadamente desiludido pela forma como estava a ser tratado, Hussein terá exigido a devolução das contribuições que fez à Segurança Social, para com esse dinheiro regressar ao Paquistão, pretensão que não terá sido satisfeita.

Poucos dias depois, o imigrante desapareceu, tendo um grupo de conterrâneos iniciado uma busca que terminou com a localização do seu cadáver no Instituto de Medicina Legal.

A forma como o corpo de Hamid Hussein foi tratado causou nova indignação na comunidade imigrante, pois, apesar de ter sido encontrado com o passaporte no bolso, não foi feito qualquer esforço, segundo aquela associação, para informar os familiares da sua morte.

«Disseram-nos que se não tivéssemos aparecido ele iria ser cremado», afirmou à Agência Lusa um dos seus amigos, presente na concentração de segunda-feira.

Segundo um dirigente da Essalam, as delegações do SEF de outros distritos, como os de Coimbra, Lisboa ou Faro, «usam critérios muito mais humanos no seu relacionamento com os imigrantes, não lhes exigindo carimbo atrás de carimbo ou outras burocracias sem sentido, como acontece no Porto».

Num plenário improvisado durante a concentração de segunda- feira, os imigrantes decidiram promover sábado, ao fim da tarde, uma nova manifestação na baixa do Porto, seguida de marcha por várias artérias da cidade, para exigir a uniformização de critérios e de tratamentos nas delegações do SEF de todo o país.





Hoje

28-01-2009

Acusaram serviços pelo suicídio de imigrante

SEF: Activistas julgados

O julgamento de quatro activistas sociais, acusados de difamação, por numa manifestação em 2006 terem responsabilizado o SEF do Porto do suicídio de um imigrante, vai ser remetido para as Varas Criminais do Porto.

Os factos datam de 24 de Junho de 2006 quando as associações ESSALAM (Associação dos Imigrantes Magrebinos e de Amizade Luso-Árabe), AACILUS, Terra Viva! (Associação de Ecologia Social) e MUSAS (Associação Cultural) promoveram uma manifestação na qual exigiram a demissão do então director da delegação do SEF do Porto, responsabilizando-o moralmente pelo suicídio do um imigrante paquistanês Hamid Husseim.



O que é que eu acho?

Bem, acho melhor não dar a minha opinião senão ainda sou processada pelo SEF ;)
Mas recomendo, a este propósito, o visionamento do filme Lisboetas, que dá uma ideia geral da simpatia e disponibilidade que os funcionários do SEF têm para com os seus utentes.

27 de jan. de 2009

A islamização da Europa?

Ontem li no jornal que um padre cujo nome desconheço se dirigiu a uma audiência de - creio - líderes políticos europeus, alertando-os para o perigo da islamização da Europa. Porque diz que cada vez há um maior esforço de conversão de europeus aos Islão e que aquilo no Médio Oriente está péssimo porque cada vez há mais mulheres a usar véu, óbvio reflexo de um crescimento do extremismo.

Such bullshit!

Detesto gente ignorante e pardon my French, mas sempre achei que os seguidores de igrejas organizadas eram gente burra. Quando se tem uma educação em que nunca se refere o tópico da religião é normal achar surpreendente que haja pessoas que acreditam em coisas cuja existência não está provada. Em todo o caso, como para mim as pessoas religiosas são todas o "eles" por oposição ao "nós", não entro em conflito com ninguém e tento manter uma atitude de respeito para com as crenças alheias.
Por isso mesmo fico lixada quando uns vêm dizer que são melhores do que outros.

Que haja diferenças de posicionamento entre religiões ditas pagãs e religiões baseadas no livro (Velho Testamento + Novo Testamento + Corão), eu aceito, agora quandos estas últimas entram em disputa não há paciência.

Diariamente me cruzo com freiras que andam tapadas de alto a baixo. Quando fui ao Vaticano, não podíamos andar de saias curtas, calções ou alças em lado nenhum. E vêm-me dizer que as muçulmanas que usam o véu porque acreditam na modéstia são extremadas?

Fala-se da islamização da Europa, na angariação de novos crentes para o Islão, blá blá blá. E isto vindo da boca de quem outrora promovia cruzadas e que ainda hoje mantém activos missionários que pretendem converter povos asiáticos e africanos que nada têm a ver com o Médio Oriente onde o Cristianismo nasceu?

Ah, fuck off!

Enquanto portuguesa que sou, enquanto habitante da Península Ibérica, vejo no que a nossa cultura tem de mais característico marcas do Islão que outrora era predominante.
E, francamente, estou farta de aturar esta pseudo moral católica que ainda acha que vivemos na Idade Média e que é suposto andarmos às turras uns com os outros.

Às vezes quase tenho pena dos padres que tanto defendem a Igreja pois acho que simplesmente não conseguem ver que a maioria das pessoas, ainda que possa ser baptizada e celebre um casamento religioso, é desprovida de espiritualidade e é egoísta, materialista e amoral.


18 de jan. de 2009

Semana da Leishmaniose

"De 19 a 24 de Janeiro decorrerá “A Semana da Leishmaniose”, iniciativa do Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLeish), e que prevê a realização de uma rastreio a 3 mil cães, em 53 cidades, de forma a determinar a prevalência da leishmaniose canina em Portugal. Este é mais um passo dado para atingir o grande objectivo do ONLeish, que conta com o apoio da Intervet Schering-Plough, e que é a criação de uma rede de vigilância epidemiológica a nível nacional. O estudo tem como finalidade imediata o levantamento da seroprevalência da doença para, no futuro, a poder prevenir e diagnosticar precocemente.

O rastreio, que é gratuito para os donos dos animais, será realizado em 130 clínicas veterinárias de todo o país, e permitirá a recolha de um número mínimo de 3 mil amostras que, posteriormente, serão encaminhadas para o laboratório do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

Causada por flebótomos, a leishmaniose canina é uma doença crónica que causa a morte do animal se não tiver tratamento."

in Veterinária Actual

4 de jan. de 2009

Testes em animais em Portugal

Acham que é só no estrangeiro que se fazem testes macabros em animais? Claro que não!
Conheçam o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Fac. de Engenharia da Universidade do Porto.

Estes amigos testam em coelhos, ovelhas e cavalos. Só não podem é testar em macacos, coitadinhos, "dado não existirem em Portugal centros de testes laboratoriais em macacos." Chuif!

Enfim, como eles há muitos outros por esse país fora que se dedicam a inventar investigações depravadas para justificar os empregos que têm. E na maioria das vezes, quem paga são os nossos impostos. Iupi!

3 de jan. de 2009

Portugal will export animals for lab tests

The Portuguese government recently approved the construction of a massive animal factory in Azambuja, a city near Lisbon, the capital of Portugal.


This factory will provide animals for lab tests throughout Europe and Africa.


The “Biotério”, as it is called, will have 25 000 cages and it will cost 36 million euros, 27 million of which will be funded by the European Union.

Please note that in 2008 the European Union, which is supposed to be working towards the abolition of animal testing, has only given 2,2 million euros to the European Centre for the Validation of Alternatives Methods.


Here in Portugal, the main entities who will be responsible for this new animal holocaust are the Champalimaud Foundation (www. fchampalimaud. org) and the Calouste Gulbenkian Foundation (www. gulbenkian. pt). Mind you, the Calouste Gulbenkian Foundation, who is seen mainly as a promoter of arts and culture, has already been doing regular animal research on its own.

Last but not least, you have the city council of Azambuja (www. cm-azambuja. pt) who rejoices on the prospect of creating new jobs.
The question is, how long will those jobs last, since we all know animal testing will eventually be banned?

Here are the e-mails of each of these entities:

Calouste Gulbenkian Foundation
info@igc.gulbenkian.pt (Gulbenkian Institute of Science, where they already conduct animal tests)
info@gulbenkian.pt (Direction)
calouste@gulbenkian-paris.org (Cultural centre in France)

Champalimaud Foundation
info@fundacaochampalimaud.pt

Azambuja city council
geral@cm-azambuja.pt


If you have an interest in animal welfare, please send an e-mail to each of these addresses showing your disapproval of the fact that Portugal may be about to become Europe’s largest exporter of animals for tests.

2 de jan. de 2009

Pata Vermelha, Refúgio das Patinhas e muito mais

Este vai ser um post de divulgação.

Gostaria de convidar toda a gente que lê o meu blog a visitar o site Pata Vermelha, um blog através do qual podemos fazer donativos para os tratamentos de animais aos cuidados de associações e de particulares menos favorecidos.
Além destes donativos simples, há também uma loja e um banco alimentar animal.

Através da Pata Vermelha, podemos ficar a conhecer muitas associações que diariamente resgatam, tratam e encaminham para adopção animais que são salvos de situações desesperadas e a quem mais ninguém ajudou.

Uma dessas associações é o Refúgio das Patinhas, da zona do Porto, através da qual tivemos o imenso prazer de adoptar a nossa queridissíma Nana, uma cadela que amamos de paixão e com quem partilhamos a felicidade de pertencer a uma família.

Nunca nos devemos esquecer que estas associações, menores ou maiores, são inevitavelmente fruto da dedicação de voluntários que chamam a si o trabalho pelo qual toda a sociedade deveria ser responsável, o de ajudar e proteger os seus elementos mais frágeis.

Como a maioria das pessoas se escusa a fazer aquilo que é dever de todos, sobram aqueles que acabam por ter trabalho em demasia: demasiados animais para albergar, demasiados animais para alimentar e quase nenhum dinheiro para o fazer.

O que todos podemos e devemos fazer é adoptar, se para isso tivermos condições, um animal que necessite de um lar e, caso tenhamos os meios económicos, fazer doações a estas organizações que muitos ainda acreditam receber algum apoio estatal.

Por fim, deixo aqui mais um apelo: a não ser que a sociedade mude, e a mudança faz-se pela educação, continuarão a existir cães acorrentados, animais abandonados na berma da estrada e todo esse horror que infelizmente é usual no nosso país e que todos conhecemos.

Eu acredito que as associações que recolhem animais devem ser apoiadas por todos nós, mas acredito também que devemos financiar aquela que, em Portugal, é a organização mais activa e constante em termos de divulgação, protesto e lobbying pela defesa jurídica dos animais: a ANIMAL, obviamente.

Com pequenas doações regulares, todas estas entidades poderão fazer muito mais.

The Blue Pill or the Red Pill?

Uf, já passou! Detesto estas festividades. Detesto o caos apocalíptico que causam, nas lojas, nas ruas, as pessoas loucas, numa correria de compras obrigatórias e prendas hipócritas, como se o mundo fosse acabar amanhã. Aliás, se o mundo acabasse amanhã, aí sim, fazia uma mega festa...
Tem piada, para mim o Natal é sinónimo de comida boa! e de todos os meus caros comensais, à conversa, à mesa. Não tem nada a ver com prendas, muito menos com o Sr. Jesus, coitado, r.i.p.!
Então a forçosa festa da Passagem de Ano... o mundo inteiro inevitavelmente bêbado, aos pulos e urros Bom Ano, Happy New Year, whatever!
Não pensem com isto que eu não gosto de uma boa festa ou mesmo de uma boa bebedeira. Por quem sois! Porém, para mim, festa tem de ser espontânea e não obrigatória. Não há cá 'anos novos', cada dia é um novo dia, uma nova oportunidade, mas, sorry to say, ninguém parece dar por isso.
Contudo, para alguma coisa há-de servir toda esta palhaçada e muitos há que gostam de repensar a vida nesta época do ano, aproveitando o ímpeto ébrio e eufórico, para deliberar para o novo calendário.
Assim, aproveitando o espírito e este espaço, segue em tom de alerta uma 'resolução de ano novo',

ACABOU-SE O SACRIFÍCIO E A EXPLORAÇÃO ANIMAL!

A maior parte do que vestimos, os produtos que gratuitamente usamos, remédios, cremes, champôs, dentífricos, detergentes de todo o tipo, os cigarros que fumamos, são previamente testados em animais. Sim, acontece mesmo. Coelhos, cães, gatos, macacos, you name it, são sacrificados em nome da investigação cientifica e, pior, em nome da vidinha, confortável e inconsequente, que vivemos.

Sim, acontece mesmo.





Só que estes procedimentos não vêm referidos nos rótulos ou nas etiquetas.
Este holocausto animal é perpetrado num mundo que 'não existe', um mundo que não se vê, logo não se sente e que, para a maior parte, parece justificar o que é 'indispensável a uma vida feliz', o milagroso creme que me fará parecer 20 anos mais nova, a tinta que dará uma nova cor ao meu cabelo, o detergente que me deixa o chão da cozinha a cheirar a montanha!, a camisola fofinha que não pica na pele ou o cigarro que fumo descontraidamente...

http://www.animal.org.pt/

http://www.tvanimal.org/

http://www.stopanimaltests.com/


http://www.peta.org/actioncenter/testing.asp

Ignorance is bliss, mas agora que sabemos é impossível voltar atrás. É impossível continuar a promover e patrocinar crueldade gratuita para com outros animais.
Peço desculpa, mas lá porque não os vemos dotados de 'inteligência humana', não quer dizer que deles façamos o que nos aprouver. São animais, como nós, e têm tanto direito a esta casa quanto eu ou tu.

E sim, é possível mudar e é fácil, mais do que parece.

Eis algumas das empresas, e seus produtos, que promovem o sacrifíco de animais para o bem da sociedade de consumo, feliz e apaziguada,

Cairol (Herbal Essences)

Colgate - Palmolive Co.

Johnson & Johnson (Aveeno, Clean&Clear, Listerine, Neutrogena)

Unilever (Axe, Dove, Sunsilk)

L'Oréal (Biotherm, Cacharel, Garnier, Giorgio Armani, Helena Rubinstein, Lancôme, Maybelline, Ralph Lauren)

Procter & Gamble (Max Factor, Oral-B, Oil of Olay, Pantene, Gillete, Tide)

Reckitt Benckiser (Veet, Woolite)

Cheserbrough-Ponds (Fabergé, Ponds, Vaseline)

Philip Morris (Marlborough, L&M, Chesterfield, e praticamente todas as marcas de tabaco)

Listas muito mais completas aqui!

Mas há alternativa! É preciso estar atento e informado, consciente de que o mais pequeno, e aparentemente inofensivo, gesto cumula em si o sofrimento inexorável de outros animais.

Já agora, leiam este artigo!

Comecemos então por boicotar este tipo de produtos; em alternativa, lojas como o Celeiro ou o Centro Vegetariano, promovem o comércio de produtos de todo o tipo - livres de crueldade.


E agora, the blue pill or the red pill?
 

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